Com a revolução do 25 de abril de 1974, Álvaro, Maria do Carmo e os dois filhos, Ana e João, são obrigados a abandonar a vida confortável que tinham em Luanda e a regressar a Portugal.
Para trás deixam ficar todos os seus bens: a casa, as terras e a fábrica. A família chega a Lisboa no dia 18 de Julho de 1975, com a roupa do corpo e uns sacos de plástico na mão.
Álvaro é recebido pela irmã Natália em sua casa, mas ninguém se sente confortável com a situação. As famílias não se conhecem e há mais de 20 anos que Álvaro não via a irmã. E, como se não bastasse, Maria do Carmo e Álvaro percebem que tão cedo não vão conseguir ter dinheiro para irem para uma pensão. O Banco de Angola não liberta as poupanças dos retornados e os contentores com os bens de quem regressa à metrópole são arrombados à chegada.
Entretanto, Ana conhece Gonçalo, amigo de Luísa e Pedro, os filhos de Natália e Joaquim. Os primos integram um grupo de maoístas que se confrontam com um grupo comunista durante a pintura de um mural. Ana ajuda Gonçalo a fugir e esta situação aproxima-os.