O governo quer reduzir os custos das parcerias publico privadas na Saúde.
Estão abertas negociações com os hospitais de Braga e Cascais. Loures e Vila Franca de Xira seguem-se na lista.
No Jornal 2 o presidente da Associação de Hospitalização Privada diz que e um erro.
"A gestão privada é melhor. Há dias um responsável de um hospital publico dizia que faltavam 600 profissionais todos os dias na sua unidade. Desta forma não é possível ter resultados" afirma Artur Osório que garante no privado não ocorrem problemas com esta dimensão.
Reduzir o valor desta fatura paga pelo Estado, reassumir a gestão das 4 unidades ou avaliar caso a caso qual a parceria a manter são as hipóteses que o Governo está a avaliar.
Entidade Reguladora da Saúde (ERS) elaborou, a pedido do executivo, um estudo para servir de guião nas negociações: Uma comparação da prestação destes hospitais em relação a 33 públicos com características semelhantes.
A conclusão genérica: "Não foi possível identificar diferenças estatisticamente significativas entre os resultados do
grupo de hospitais PPP e o grupo de outros hospitais do SNS".
A Entidade Reguladora não analisou a vertente financeira mas apurou que a resposta cirúrgica das público privadas foi superior assim como as operações em ambulatório. A exceção - cirurgias à anca nas primeiras 48 horas após uma fratura.
"Os dados que temos é que (no capitulo financeiro) os (hospitais) privados fazem 20 a 25% mais barato do que os públicos", avança Artur Osório.
O presidente da Associação de Hospitalização Privada, que já foi gestor hospitalar público, não tem dúvidas em dizer que nos contratos entre o Estado e os privados para a prestação de cuidados de saúde "é o Estado que sai a ganhar", quer nos custos,
quer em qualidade do serviço prestado aos utentes.
O estudo da ERS não corrobora integralmente esta ideia. As PPP pecam nos tempos de espera e na articulação com os cuidados de saúde primários.
Há no entanto diversos indicadores positivos para os hospitais com gestão privada. Cascais teve a melhor taxa de ocupação de internamento, Braga destaca-se por gastar menos a tratar doentes com a mesma eficácia. Descontos no programa que levaram a poupanças de 98 milhões de euros.
As negociações já decorrem de forma tensa com os grupos Mello e Lusíadas .
O ministério da saúde tem até final do ano para decidir se mantém ou não as parcerias, uma vez que por lei está obrigado a comunicação prévia dois anos antes do fim dos contratos. O de Cascais acaba em 2018.