O ministro dos Negócios Estrangeiros fechou o debate do Programa do Governo do PS e argumentou que "já o sabemos", a "antiga maioria falhou a meta de 2,7 por cento de défice em 2015, que ela própria tinha definido".
O "número dois" da hierarquia do novo executivo frisou que o atual Governo tudo fará para que Portugal feche este ano com um défice abaixo dos três por cento em 2016, que considerou ser do interesse nacional, libertando o país do procedimento por défice excessivo da União Europeia.
No entanto, considerou que "uma coisa é certa. A antiga maioria PSD/CDS, que falhou o seu próprio objetivo orçamental em 2011, em 2012, em 2013 e em 2014 também falhou a meta de 2,7 por cento que fixou em 2015". E falta agora apenas um mês para o final do ano.
Augusto Santos Silva disse que %u201Co tempo não está para radicalizações, mas sim para compromissos%u201D, falando no entanto de palavras "ressabiadas" ao longo deste debate no Parlamento.
Sobre as palavras de Pedro Passos Coelho sobre eleições antecipadas, Santos Silva desafiou a oposição: "Chamam a tal estabilidade? Respeito institucional? Sentido de Estado? Defesa do interesse nacional? E porque não pedem, à cautela, a prévia afixação do resultado eleitoral?"
Um longo discurso que finalizou os dois dias de debate na Assembleia da República. Augusto Santos Silva fez a defesa da legitimidade institucional do atual Governo e defendeu uma "cultura política assente no diálogo, na concertação e no sentido de responsabilidade".