Luís Montenegro reconhece, em entrevista à Antena 1, que "é difícil" atingir o objetivo estabelecido em congresso de vencer as autárquicas de 2017. São 43 câmaras de diferença entre socialistas e social-democratas. "Mas temos condições para um excelente resultado", contrapõe o líder parlamentar do PSD, que se mostra convicto de que a liderança de Pedro Passos Coelho não está a prémio.
"Estou muito animado a tratar da sucessão, a de António Costa como primeiro-ministro", afirma. Uma sucessão que só acontece com eleições que só prevê para "o fim da legislatura".
Montenegro acusa o ministro das Finanças, Mário Centeno, de dar já por adquirido o falhanço do défice para 2016, ao rever os números do crescimento económico.
“Uma brincadeira”
O líder parlamentar do PSD não gostou de ouvir António Costa perguntar à direita pelo seu plano B. Diz mesmo ser "uma brincadeira", dado "que cada vez mais há sinais" de que vão ser necessárias medidas suplementares.
Na perspetiva do dirigente laranja, há um distanciamento entre as decisões e os cidadãos europeus.
Sobre a comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, que começa a trabalhar na próxima semana, Montenegro garantiu nesta entrevista à editora de Política da Antena 1, Maria Flor Pedroso, que, apesar de o PSD ter retirado a negociação em curso com Bruxelas, esta vai estar sobre a mesa.
O inquérito parlamentar, assinala Luís Montenegro, não é contra ninguém, mas deve ser concretizado "doa a quem doer, custe o que custar e a quem custar".
Quanto ao Brexit, Montenegro introduz um argumento, ao lembrar que nas eleições europeias se votou também para o cargo de presidente da Comissão Europeia: “Não chega, foi um passo, mas tem de ser mais aprofundado”.
