"O Presidente vem da Alemanha confiante porque tinha que vir. Caso contrário seria uma derrota e um o desaire diplomático". Ricardo Arroja diz que a visita foi importante mas que "para além da retórica saiu pouco destas reuniões".
Não se conhece a resposta de Angela Merkel, mas o presidente alemão deixou claro que não intercederá por Portugal.
Marcelo rebelo de Sousa fez desta visita à Alemanha uma ofensiva diplomática para dar a conhecer os números da execução orçamental.
O presidente insistiu em números como os do saldo primário, que está a crescer - ou seja Portugal está a gastar menos do que consegue arrecadar.
No Jornal 2 Ricardo Arroja faz uma leitura mais profunda dos mesmos números e faz uma constatação: "A rubrica que mais está a contribuir para que a despesa do Estado não cresça é a da despesa de capital - ou seja o investimento público".
O governo não recua nas previsões - O país vai crescer 1,8% este ano. Mário Centeno disse hoje que o país vai cumprir com as metas a que se comprometeu. Para isso ser possível será necessário favorecer o investimento (nacional e estrangeiro), potenciar as exportações e apostar num clima de confiança interno que leve a um aumento do consumo privado.
Mais atividade significa mais impostos. A receita, diz o governo, está a resultar. A execução orçamental dos primeiros quatro meses do ano mostra uma clara subida das receitas do Estado. Há mais coleta quer de impostos indiretos, quer de contribuições para a segurança social.
Ricardo Arroja lembra que nem tudo são boas notícias. O economista debruça-se sobre a receita e avisa: "O valor arrecadado em impostos está a crescer mas menos do que esperado, sobretudo o IVA, que está 3% abaixo dos números do ano passado".