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António Filipe projeta, em entrevista à Antena1, o pós-2019, afirmando que os comunistas podem integrar um Governo que não "dececione" as expectativas do partido e dos seus apoiantes. Porque "não está escrito nas estrelas que o PCP não pode ser governo". Se tudo correr como até agora, antecipa o deputado, a atual fórmula governativa dura a legislatura.
Em entrevista à editora de Política da Antena 1, Maria Flor Pedroso, António Filipe, que liderou a comissão parlamentar de inquérito ao BANIF, afirma que "votará pela segunda vez o Orçamento com gosto", apesar de ainda não estar fechado.
Nesta entrevista à rádio pública, o deputado estranha que todos os agentes políticos possam criticar o Bloco de Esquerda, "como Francisco Louçã, Carlos César e até o próprio primeiro-ministro", e que quando o PCP o faz caia "o Carmo e a Trindade". Ninguém está acima da crítica, observa.
Jerónimo sucede a Jerónimo
Assunto arrumado é a continuidade de Jerónimo de Sousa na liderança do partido. De resto, António Filipe sublinha que nunca houve um cenário alteranivo sobre a mesa.
O vice do grupo parlamentar comunista diz-se também disponível para deixar de integrar o Comité Central do PCP, do qual faz parte desde 1992, em nome da renovação.
Quanto ao desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa, António Filipe mantém o Presidente da República sob observação: "Até agora não extravasou os seus poderes".
O que se tem passado, afirma, é "uma intervenção mais exposta do que os seus antecessores, mas também aí é mais uma questão de estilo do que outra coisa".