Lisboa, 29 Fev (Lusa) - O PS continua a ser o partido mais votado, mas caiu para os 39 por cento, aumentando, contudo, a sua diferença para o PSD (32%), que desceu três pontos percentuais face a Outubro, segundo uma sondagem hoje publicada.
O estudo da Universidade Católica para Jornal de Notícias, RTP e Antena Um mostra que os socialistas, mais longe da maioria absoluta de há três anos, perderam dois pontos percentuais relativamente às intenções de voto em Outubro de 2007, enquanto o CDS baixa de seis para três por cento, mas em termos absolutos perde 50 por cento.
No pólo oposto, o Bloco de Esquerda duplica a votação, subindo de quatro para oito por cento, aproximando-se do PCP, que se mantém nos nove por cento.
Na apreciação ao desempenho do governo, a maioria (43 por cento) considera que foi má, seguindo-se os que acham que foi boa (26 por cento).
Para 23 por cento dos inquiridos o governo tem sido muito mau, enquanto seis por cento não sabe e dois por cento não responde.
A sondagem indica que 52 por cento considera má a actuação do governo nas políticas sociais (29 por cento considera mesmo muito má e apenas 12 por cento dá nota de bom).
Seguem-se a Justiça e Administração Interna (50 por cento diz que é má, 21 por cento muito má e 13 por cento considera boa) e a Economia e Finanças Públicas (49 por cento acha que é má, 17 por cento diz que é muito má e 22 por cento considera boa).
Na comparação com o governo anterior, do PSD/CDS, 41 por cento dos inquiridos diz que o executivo de José Sócrates não está a governar melhor nem pior, mas 33 por cento acha que governa melhor, enquanto 22 por cento diz que governa pior.
No confronto directo entre José Sócrates e Luís Filipe Menezes, o líder do PSD apenas ganha na "preocupação com os problemas das pessoas comuns" (20-21 por cento).
Nas restantes, Sócrates ganha, com destaque para as categorias "Líder forte" (48-17 por cento), "carismático" (44-18 por cento), "apoio do seu partido" (45-14 por cento) e não cedência a pressões (49-11 por cento).
No entanto, Sócrates tem "mais imagem que substância" (46-21 por cento), embora "melhores respostas para os problemas" do país (33-11 por cento).
A sondagem da Universidade Católica foi efectuada nos dias 23 e 24 de Fevereiro com 1247 entrevistas, sendo o erro da amostragem de 2,8 por cento para um intervalo de confiança de 98 por cento.
JPA