A Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) pediu hoje uma audiência ao primeiro-ministro para manifestar preocupação com a possível extinção deste serviço de segurança e sua integração na Autoridade Marítima Nacional (AMN).
O presidente da ASPPM, Miguel Soares, disse à agência Lusa que o pedido de audiência a Pedro Passos Coelho surge após terem sido feitas várias solicitações junto do ministro da Defesa para uma reunião e não terem obtido resposta.
Miguel Soares adiantou que os profissionais da Polícia Marítima (PM) estão preocupados com a extinção da PM e a sua integração na AMN, sendo esta situação que vão transmitir ao primeiro-ministro.
Segundo o mesmo responsável, o ministro Aguiar Branco mudou, num despacho recente, a denominação da Polícia Marítima, tendo-lhe chamado AMN-PM, sem que sejam conhecidas alterações legislativas a este serviço de segurança.
"Neste despacho do ministro pode haver um lapso ou não, podendo existir mesmo a intenção de prosseguir com a integração da PM na AMN", sustentou, relembrando que o Governo já deu nota várias vezes de que pretende reestruturar as forças de segurança.
Em comunicado, a ASPPM diz que receia que esta "neo-designação possa traduzir uma intenção de política convergente com as determinações da chefia militar da Armada para elaboração de um projeto de Lei Orgânica da AMN, a apresentar à tutela ainda nesta legislatura, no qual conste expressamente na orgânica da AMN a Polícia Marítima".
Miguel Soares afirmou que a opinião dos profissionais da PM têm de ser tida em conta neste processo.
O presidente da ASPPM relembrou os resultados da recente auscultação efetuada junto dos profissionais da Polícia Marítima, em que 88 por cento não deseja a integração da PM na AMN, tendo a maioria manifestado interesse em integrar a PJ e o SEF, caso esta força de segurança seja extinta.