Portugal com taxas de violência obstétrica acima da média Europeia

por RTP

Foto: Engin Akyurt - Unsplash

Um estudo publicado na revista "The Lancet Regional Health Europe" conclui que, no primeiro ano da pandemia, as grávidas portuguesas foram mais submetidas a práticas não recomendadas pela OMS do que as mulheres de outros 11 países da Europa.

Em causa estão a episiotomia, um corte feito na região do períneo para ampliar o canal do parto, e a manobra de Kristeller, a aplicação de pressão na parte superior do abdómen para facilitar a saída do bebé, uma prática proibida em vários países.

O presidente da Sociedade Europeia de Medicina Perinatal avisa que é preciso olhar para estes dados com cautela, até porque se trata de um inquérito voluntário feito através da internet.Para o estudo em causa, foram recolhidos dados por meio de um inquérito online, envolvendo mais de 21 mil mulheres.


Diogo Ayres de Campos admite que ainda o país está acima da média europeia em parâmetros importantes, mas afirma que no caso das episiotomias os números reais estão abaixo dos que são revelados no estudo.

O médico obstetra alertou que há ainda hospitais em Portugal que têm condições que não são dignas de um país da União Europeia em 2022.
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