O cineasta António Pedro Vasconcelos é um dos promotores da petição pública que quer obrigar a uma discussão sobre a abolição da revisão de 1990 do Acordo Ortográfico. Avança-se com argumentos jurídicos ("todos os PALOP tinham que adotar o acordo, só três o fizeram") e de ordem cultural.
No texto considera-se esta uma ideia imprevidente do então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, a pretexto de "unificar" "as duas ortografias oficiais" do Português.
"O Castelhano tem 21 variantes, o Inglês 18, o francês 16. A riqueza de uma língua reside ai". António Pedro Vasconcelos diz que em Portugal a adoção da nova grafia resultou "no caos", e em erros que estão a afastar a língua das suas raízes latinas.
Na petição, já assinada por escritores, jornalistas e muitos cidadãos que estão contra esta mudança ficam também claras as falhas de uma unificação que acabou por não acontecer.