Foto: RTP - Direitos Reservados
O antigo presidente da RTP e empresário Alberto da Ponte morreu no sábado aos 64 anos, vítima de cancro.
À frente da RTP passou por algumas polémicas como o despedimento do então diretor de informação Nuno Santos, no âmbito do inquérito interno ao visionamento de imagens em bruto da manifestação de 14 de novembro de 2012 pela PSP, nas instalações da empresa.
Mais tarde, em 2015 viria a renunciar ao cargo, decisão que foi anunciada pela tutela do ministro Miguel Poiares Maduro, que elogiava a "boa gestão" da equipa liderada por Alberto da Ponte, após a entrega do relatório das contas de 2014.
Pouco tempo antes, o Conselho de Administração da RTP considerava que os membros do Conselho Geral Independente (CGI), órgão de supervisão criado pelo ministro Poiares Maduro, que propôs a destituição da equipa de Alberto da Ponte, "deixaram de ter, se é que alguma vez tiveram, as condições mínimas" para desempenhar as suas funções".
A administração da RTP acusava o CGI de ter agido segundo "uma pura lógica de apparatchik' [aparelho]" e afirmou não ter "a menor intenção de permanecer nas suas funções contra o desejo do acionista da RTP".
Alberto da Ponte foi também presidente executivo da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), dona da cerveja Sagres e da Água do Luso, entre 2004 e 2012.
Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pelo ISEG e com um curso superior na mesma área na Harvard Business School em Boston, nos Estados Unidos, o empresário passou também por empresas como a Jerónimo Martins e a Unilever.
Alberto da Ponte presidia atualmente a mesa da assembleia-geral da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, onde desempenhava funções de consultoria.