Mais de três mil substâncias químicas consideradas contaminantes são legalmente usadas na agricultura portuguesa.
Para todas elas há limites legais e regras de aplicação, mas faltam ainda estudos de impacto na saúde dos consumidores.
Cristina Tendinha, diretora do Labiagro, do grupo ISQ, laboratório de segurança alimentar alerta para o facto de "em Portugal apenas a indústria a a grande distribuição fazerem análises aquilo que compram aos agricultores e depois vendem aos consumidores".
A especialista, referindo-se aos mercados, venda direta por produtores ou na beira da estrada, lembra que "nem tudo o que parece ser saudável o é na realidade."
No programa "Linha da Frente" da RTP avaliámos os perigos de um desses químicos, o glifosato, o herbicida mais usado em todo o mundo e considerado potencialmente cancerígeno...mas os perigos vão muito alem deste produto.
Luís Alves, comentador do Jornal 2 é perentório: "Como agricultor, e consumidor, consciente não posso estar descansado". Este defensor da produção sustentável não tem dúvidas em afirmar que "hoje a agricultura biológica é a única que é controlada por um organismo independente que garante que não são usados pesticidas ou outros contaminantes químicos"