Infecções hospitalares em Portugal atingem o dobro da média europeia

por Margarida Neves de Sousa

Morrem todos os dias 12 pessoas por dia com infeções hospitalares em Portugal.

Em muitos casos não fica esclarecido se faleceram por causa da patologia com que foram internados, ou por terem contraído uma bactéria resistente aos antibióticos.

Há o caso de um doente que deu entrada nos hospitais de Coimbra para fazer um transplante de fígado, mas acabou por contrair uma bactéria perigosa. Desde Agosto que é apenas portador da Klebsiella Pneumonia, ou seja não está doente por causa disso, mas pode transmitir a bactéria.

Está a morrer em casa com cancro. Mas quando precisou de voltar ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com complicações de saúde, foi-lhe recusado. Esta versão da família que o CHUC nega é confirmada pelo Diário Clínico do Hospital de Aveiro, assinado pelo médico de serviço.

Há enfermeiros que chamam a atenção para o facto de no Hospital Santa Maria e no de Santa Marta em Lisboa serem reutilizados os filtros dos ventiladores dos doentes com problemas respiratórios por ruptura de stock. No Hospital de Cantanhede, as fardas de papel das cirurgias limpas, ou seja sem sangue, são reutilizadas nas enfermarias em que há isolamento de doentes.

A isto acresce a maioria dos profissionais de saúde do país ter de lavar as fardas em casa porque a lavandaria dos hospitais não consegue dar vazão em tempo útil.

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