As cerimónias fúnebres, com honras de Estado, de Mário Soares tiveram início esta segunda-feira. No primeiro de três dias de luto nacional, o corpo do antigo Presidente foi transportado em cortejo para o Mosteiro dos Jerónimos. Durante a tarde, personalidades de todos os quadrantes e anónimos prestam homenagem ao ex-Presidente. Acompanhamos em direto e ao minuto as homenagens a Mário Soares.
19h00: Terminamos aqui o acompanhamento ao minuto do primeiro dia das cerimónias fúnebres, com honras de Estado, do ex-Presidente Mário Soares.
O corpo de Mário Soares permanece em câmara ardente até à meia-noite de segunda-feira. Volta a abrir na terça-feira entre as 8h00 e as 11h00. Pelas 13:00 de terça-feira, a urna será transportada para os claustros do Mosteiro, onde se vai realizar uma sessão solene evocativa de homenagem.
Pelas 14:00, a urna sairá dos Jerónimos, seguindo no armão da GNR. O cortejo fará breves paragens antes de chegar ao cemitério dos Prazeres.
18h28: CPLP manifesta "profundo pesar" pelo falecimento
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifestou hoje em nota de imprensa publicada na sua página na Internet, "profundo pesar pelo falecimento do Presidente Mário Soares".
"Ao transmitir as mais sentidas condolências ao povo português pela perda de seu eminente cidadão, a CPLP exalta o histórico papel desempenhado pelo Presidente Mário Soares no estreitamento da amizade, do diálogo político e da integração entre os países de língua oficial portuguesa, que culminou com a constituição da Organização, em 17 de julho de 1996", lê-se na nota.
A organização "saúda o exemplo de homem público e estadista deixado pelo Presidente Mário Soares, que continuará a inspirar gerações de cidadãos falantes da língua portuguesa".
18h18: Carlos Moedas vai estar no funeral em representação da Comissão Europeia
O comissário europeu Carlos Moedas vai estar presente nas celebrações fúnebres do antigo Presidente da República Mário Soares, na terça-feira, pelas 13:00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, em representação de Jean-Claude Juncker, informou hoje a Comissão Europeia.
18h10: Político português que melhor soube encarar o profundo resultado da política
O antigo ministro António Bagão Félix disse hoje que Mário Soares foi o "político português que melhor soube encarar o mais profundo resultado da política" ao ter perdido com "a mesma naturalidade com que muitas vezes venceu".
"Mário Soares foi o político português que melhor soube encarar o mais profundo resultado da política, que é: saber perder é igual a saber ganhar. Ele perdeu com a mesma naturalidade com que muitas vezes venceu", recordou Bagão Félix, aos jornalistas.
O centrista Bagão Félix falava aos jornalistas à saída do Mosteiro dos Jerónimos, onde o corpo de Mário Soares está em câmara ardente.
c/ Lusa
17h55: Perda "abre um vazio difícil de preencher" (Presidente de Angola)
O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, recordou o antigo chefe de Estado Mário Soares como uma "referência incontornável" da luta pela democracia em Portugal e considerou que a sua morte "abre um vazio difícil de preencher".
José Eduardo dos Santos transmitiu "as mais sentidas condolências por essa perda" numa carta que foi entregue ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente da Assembleia Nacional de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
Na carta, a que a agência Lusa teve acesso, o Presidente de Angola afirma que tomou conhecimento da morte de Mário Soares "com profunda consternação" e recorda-o como "figura cimeira da história recente de Portugal e uma referência incontornável na luta pela instauração e consolidação da democracia na pátria de Camões".
c/ Lusa
17h44: Confederação dos Serviços manifesta pesar e apresenta condolências
A Confederação dos Serviços de Portugal (CSP) manifestou hoje o seu pesar pela morte de Mário Soares, considerando que o antigo Presidente da República foi um convicto defensor da liberdade e da democracia.
"Prestamos assim a nossa homenagem a uma personalidade ímpar e incontornável da História do Portugal contemporâneo, democrático e europeu e que nos deixou um importante legado a nível cívico, político e intelectual", disse a CSP num comunicado.
17h40: Jospin, Sarney, Jacques Santer e príncipe de Marrocos no funeral
Os antigos primeiro-ministro francês Lionel Jospin, presidente do Brasil José Sarney e presidente da Comissão Europeia Jacques Santer, bem como o príncipe marroquino Moulay Rachid, irmão do rei, estarão presentes no funeral de Mário Soares, na terça-feira.
Lionel Jospin foi primeiro-ministro de França entre 1997 e 2002, tendo sido agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal a 22 de março de 2005.
O luxemburguês Jacques Santer presidiu à Comissão Europeia entre 1995 e 1999.
O antigo Presidente da República do Brasil José Sarney e o príncipe Moulay Rachid, irmão do rei de Marrocos, foram outras personalidades confirmadas no funeral de Mário Soares por fonte diplomática à agência Lusa.
Estes nomes juntam-se às presenças já confirmadas do Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, do vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, do ministro das Relações Externas (Negócios Estrangeiros) e da Cooperação de Espanha, Alfonso Dastis, e do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
O ex-presidente do Governo espanhol e ex-líder do PSOE, Felipe Gonzalez, liderará a delegação dos socialistas espanhóis, enquanto o presidente da Assembleia Nacional angolana, Fernando da Piedade Dias dos Santos, irá representar Angola nas cerimónias fúnebres.
O Presidente de Cabo Verde vai também participar nas cerimónias fúnebres em honra do antigo chefe de Estado português Mário Soares, bem como o Presidente do Brasil, Michel Temer.
Hoje participará ainda nas cerimónias fúnebres Artur Más, ex-presidente da Generalitat (governo autónomo catalão).
c/Lusa
17h37: "Tenho por ele até um amor fraternal"
José Sócrates aponta que a vida de Mário Soares foi “motivadora” para a sua carreira política. O ex-primeiro-ministro considera que a vida política de Soares “vive para a história”.
O socialista considera que o ex-Presidente teve uma vida cheia e sublinha que Soares teve ao seu lado “nos últimos tempos”. Mário Soares visitou várias vezes José Sócrates quando este esteve detido no Estabelecimento Prisional de Évora.
“Vocês imaginam o que significou para mim a amizade sempre presente de Mário Soares. Tenho por ele um carinho e, posso dizer até, um amor fraternal que ficará para sempre”, afirma o ex-primeiro-ministro.
17h30: "É mais do que justo e genuíno" reconhecer trabalho de Soares
Assunção Cristas prestou esta segunda-feira homenagem a Mário Soares. A líder do CDS-PP olha para Soares como um político "que nos trouxe a consolidação da democracia portuguesa, a Europa" e que "era conhecido pela extraordinária simpatia e capacidade de comunicação".
17h20: “Juntos nos grandes momentos”
O ex-Presidente Ramalho Eanes considera ele e Mário Soares estiveram unidos em questões fundamentais apesar de terem apresentado posições divergentes em alguns temas. Eanes considera que os dois tinham os mesmos valores apesar das diferenças.
Ramalho Eanes e a esposa, Manuela Ramalho Eanes, prestaram esta segunda-feira homenagem a Mário Soares no Mosteiro dos Jerónimos.
17h15: Edmundo Pedro lembra combates "sempre do mesmo lado”
O histórico socialista Edmundo Pedro recordou os combates com o amigo Mário Soares, "sempre do mesmo lado", depois de prestar homenagem ao antigo Presidente da República no Mosteiro dos Jerónimos.
"Estivemos sempre do mesmo lado, sempre do mesmo lado", disse Edmundo Pedro aos jornalistas à saída do Mosteiro dos Jerónimos, onde está em câmara ardente o corpo do antigo primeiro-ministro e Presidente da República Mário Soares, falecido no sábado.
Edmundo Pedro recordou em particular "o combate" travado em conjunto "a seguir ao 25 de Abril”, no chamado PREC: "Estivemos sempre ao lado um do outro", repetiu.
17h10: Seguro presta homenagem a Soares
António José Seguro prestou condolências à família de Mário Soares no Mosteiro dos Jerónimos. O ex-secretário-geral do PS considera que o ex-Presidente deixa "marcas indeléveis" na história de Portugal como a luta contra a ditadura, a fundação do Partido Socialista e o projeto europeu.
16h48: Meia hora para prestar última homenagem
Prestar uma última homenagem ao antigo Presidente da República Mário Soares, cujo corpo está em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, demora meia hora, com as filas a manterem-se idênticas ao longo da tarde.
Sem queixas nem reclamações, exceto só haver uma entrada (junto do Museu de Arqueologia) para poder depois entrar no mosteiro, centenas de pessoas estão a passar junto da urna com os restos mortais de Mário Soares, em silêncio mas sem outras manifestações de pesar.
Ao longo da tarde as filas têm sido constantes. Desde o início e até se chegar à entrada do Mosteiro demoram-se 15 minutos, sendo necessários outros 15 para chegar junto da urna, na sala dos Azulejos e ladeada de uma guarda de honra.
Sem grandes conversas enquanto esperam e tendo de passar por um detetor de metais, algumas pessoas trazem consigo ramos de flores, mas que são recolhidas à entrada do Mosteiro do Jerónimos pelos elementos da agência funerária, que depois os colocam nos claustros, onde já estão cerca de duas dezenas de coroas.
Para os que querem apenas escrever no livro de condolências são necessários apenas cerca de 10 minutos em fila.
(c/ Lusa)
16h40: Santos Silva presta homenagem a Soares
O ministro dos Negócios Estrangeiros recorda que Soares foi Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa. Augusto Santos Silva assinala que o histórico socialista foi, apesar de ser agnóstico, um defensor da liberdade religiosa, enfatizando que é importante renovar a mensagem de que as religiões não são inimigas.
“A democracia existe porque somos diferentes uns dos outros”, afirma, recordando o pensamento do ex-Presidente.
O ministro dos Negócios Estrangeiros interrompeu a viagem à Índia para prestar homenagem ao ex-Presidente e marca presença esta segunda-feira no Mosteiro dos Jerónimos. O chefe da diplomacia lusa assinalou ainda que a notícia da morte do ex-Presidente foi recebida com “enorme tristeza e enorme emoção”.
Santos Silva representa o primeiro-ministro nas cerimónias fúnebres de Mário Soares. António Costa prossegue com a viagem de Estado à Índia.
16h34: João Proença recorda dia em que ex-PR recebeu sindicatos em plena greve geral
O ex-secretário-geral da UGT João Proença recorda Mário Soares como uma "pessoa muito atenta aos problemas dos trabalhadores", lembrando o dia em que o antigo Presidente da República aceitou reunir-se com os sindicatos em plena greve geral.
"Lembro-me sempre da greve geral de 1988. Ele era Presidente da República, era um momento muito difícil e os sindicatos precisavam de manifestação de apoio. Ele disse para irem reunir-se com ele à Guarda numa presidência aberta em que ele estava", recordou João Proença à agência Lusa.
Para João Proença, o dia em que o antigo chefe do Estado aceitou reunir-se com os sindicatos em plena greve geral - que uniu as duas centrais sindicais contra alterações às leis laborais no primeiro governo de Cavaco Silva - "foi um momento marcante para o movimento sindical português".
16h22: Eanes e Seguro nos Jerónimos
Sucedem-se as personalidades e anónimos que prestam homenagem a Mário Soares no Mosteiro dos Jerónimos. António José Seguro, ex-secretário-geral do PS, encontra-se já no Mosteiro.
O ex-Presidente António Ramalho Eanes chegou também a Belém, acompanhado da esposa, Manuela Ramalho Eanes.
16h20: "Grande amigo do seu amigo"
O ex-deputado Carlos Luís viveu com Mário Soares em Paris. Em entrevista à RTP, Carlos Luís sublinha que Soares é um “combatente pela liberdade e democracia”, afirmando ainda tratar-se de um “grande amigo do seu amigo”.
Carlos Luís afirma que, nos últimos tempos, o ex-Presidente estava preocupado com a “desordem” no mundo e na Europa e com o rumo do projeto europeu.
16h18: Freitas impedido de participar nas cerimónias fúnebres por problemas de saúde
O ex-líder do CDS Diogo Freitas do Amaral está impedido de participar nas cerimónias fúnebres do antigo presidente da República Mário Soares, devido a ter sido submetido a "uma intervenção urgente na coluna dorsal", informou hoje o seu gabinete.
Freitas do Amaral teve de ser submetido a "uma intervenção urgente na coluna dorsal, no fim de semana passado, pelo que está em casa em repouso completo o que o impede de sair de casa e participar nas cerimónias fúnebres de hoje e de amanhã [terça-feira], respeitantes ao Dr. Mário Soares, o que muito lamenta", lê-se na nota do gabinete de Freitas do Amaral enviada à Lusa.
Fundador do CDS, Freitas do Amaral foi candidato derrotado por Mário Soares nas presidenciais de 1986, mas de quem se tornou amigo.
16h08: Madeira representada no funeral
Os presidentes do Governo Regional e da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Albuquerque e Tranquada Gomes, estarão presentes na terça-feira no funeral de Estado do antigo Presidente da República Mário Soares, anunciaram os respetivos gabinetes.
16h03: “Um homem de causas”
O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, afirma que Mário Soares era um homem de causas.
"Quando se falar em Democracia, em direitos humanos, em integração europeia e na construção da Europa, que é uma tarefa urgente, quando se falar em liberdade religiosa, quando se falar em todas estas causas há um rosto evidente durante tantas décadas (...) que é o Dr. Mário Soares", afirmou.
15h57: Portugal presta homenagem a Mário Soares
Boa tarde. Continuamos a acompanhar ao minuto e em direto as homenagens a Mário Soares. Durante a manhã, o corpo do antigo Presidente foi transportado em cortejo para o Mosteiro dos Jerónimos.
Reviva o filme do cortejo e as homenagens prestadas durante a manhã e o início da tarde aqui.