Os advogados de José Sócrates emitiram um comunicado onde adiantam que o procurador Rosário Teixeira recusou acesso imediato aos autos do processo “Operação Marquês”, em resposta ao requerimento ontem apresentado por João Araújo e Pedro Delille.
José Manuel Levy, Miguel Teixeira - RTP
“Expediente dilatório totalmente infundado”
As palavras dos advogados de defesa de José Sócrates são, novamente, duras para com o procurador responsável pelo inquérito relacionado com a “Operação Marquês”.
João Araújo e Pedro Delille falam de um expediente dilatório totalmente infundado e ilegal, que confirma a pertinente referência feita no Acórdão a propósito da possibilidade de defesa do arguido: “que não seja vítima dos truques e de uma estratégia do investigador”, lê-se no comunicado.
Referem ainda que na resposta do procurador ao requerimento apresentado pela defesa de Sócrates, Rosário Teixeira “não se preocupa, sequer, em esclarecer qual a dúvida que tem ou qual a aclaração que pretende. E esquece que a lei apenas permite a aclaração que “não importe modificação essencial” do decidido”.
A RTP tentou obter esclarecimentos da Procuradoria-Geral da República, mas não foi enviada até ao momento nenhuma resposta.
José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, tendo ficado preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora.
A medida de coação foi alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 5 de setembro.