O buraco de 700 milhões evoluiu até aos dias de hoje para perdas superiores a 3000 milhões de euros para os cofres do Estado. Mas os custos podem ultrapassar os 6000 milhões de euros.
O cenário real é muito diferente do objectivo de José Oliveira e Costa quando anunciou a criação da SLN, Sociedade Lusa de Negócios, que passou a integrar o banco.
O sonho não correu bem. Além dos tribunais, o colapso do BPN resultou numa comissão parlamentar de inquérito. As conclusões apontam culpas aos antigos gestores do banco, ao governo de José Sócrates e ao então governador do Banco de Portugal.
Com os custos para os contribuintes sempre a crescer, a solução era vender o banco. À terceira tentativa, o banco BIC compra parte dos activos do BPN. O negócio foi fechado por 40 milhões de euros.
Nas mãos do Estado ficaram mais de 5000l milhões de activos mais ou menos tóxicos. Entre os mais valiosos estão 85 quadros de Miró, que o anterior governo tentou vender em leilão.