Autarca de Gaia acusa Governo de decidir concessão do Metro do Porto e STCP "em cima do joelho"

por Sandra Henriques

Foto: Nacho Doce/Reuters

Eduardo Vítor Rodrigues critica a decisão das administrações dos dois operadores de que seja atribuída por ajuste direto a concessão das operações de ambos a privados por 10 anos.

“Trata-se de uma decisão que foi tomada à porta fechada, de uma forma absolutamente estranha, num contexto em que se percebe que este é um concurso lançado em desespero e de uma forma que me parece muito dúbia”, afirma o autarca de Gaia à Antena 1.

O presidente da Câmara Municipal de Gaia considera que há “pouca transparência” neste processo e que esta é uma “decisão tomada à pressa para não deixar cair a face do Governo, que foi derrotado neste processo”.

A pouco mais de um mês das eleições legislativas, Eduardo Vítor Rodrigues aponta “falta de legitimidade política para uma decisão desta envergadura” e lamenta que se esteja a tomá-la “em cima do joelho” e de uma forma “juridicamente questionável”.

O Negócios e o Jornal de Notícias avançam esta manhã que a concessão das operações do Metro do Porto e da STCP vai avançar por ajuste direto.

O Jornal de Notícias revela ainda que as 24 empresas às quais foram enviados convites – depois de terem levantado o caderno de encargos na primeira consulta pública – têm só 12 dias para apresentar candidaturas. O mais baixo preço continua a ser o critério de adjudicação.



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