A escalada de tensão entre israelitas e palestinianos ascendeu esta terça-feira a um novo patamar, com notícias de sucessivos ataques em Jerusalém, Telavive, Ra’anana e Kiryat Ata. Pelo menos três pessoas morreram. O número de feridos ultrapassa as três dezenas.
O Tsahal acusa o exército de Bashar al-Assad de uma “flagrante violação da soberania israelita”.
O autor deste primeiro ataque - entretanto identificado pela polícia israelita como um palestiniano de 22 anos oriundo de Jerusalém oriental - terá ficado gravemente ferido, depois de ser dominado por civis.
Pouco depois das 10h00 locais, os media israelitas noticiavam novo ataque à facada e com uma arma de fogo, perpetrado por dois indivíduos no interior de um autocarro em Jerusalém oriental, na rua Olei Hagardom. Dois dos passageiros do autocarro morreram, assim com um dos atacantes, abatido a tiro por um agente da polícia.
Uma testemunha, citada pela edição online do jornal israelita Haaretz, afirmou que “um dos terroristas tentou tomar o controlo do autocarro e impedir as pessoas de saírem”. Alegou ainda ter travado o autocarro com o próprio automóvel.
Quase em simultâneo, um homem arremetia ao volante de um automóvel contra uma paragem de autocarro da rua Malchi Yisreal, no sector ocidental de Jerusalém, matando uma pessoa. O condutor terá, em seguida, saído do carro com uma faca em punho.
Os dois ataques em Jerusalém deixaram dezenas de pessoas feridas. Nove foram encaminhadas para unidades hospitalares em estado grave.
Netanyahu prepara retaliação
Há ainda notícia de um civil israelita esfaqueado nas imediações da estação central de autocarros de Telavive. Em Kiryat Ata, perto de Haifa, ocorreu também um atentado com uma faca, segundo a polícia israelita; não há, por enquanto, dados oficiais sobre eventuais vítimas.
Enquanto as forças de segurança israelitas eram chamadas a responder a três frentes de atentados, centenas de palestinianos de Gaza amotinavam-se perto da chamada vedação de segurança de Israel, na zona do ponto de passagem de Erez.
Foto: Amir Cohen - Reuters
O ministro israelita da Segurança Pública, Gilad Erdan, convocou entretanto uma reunião de emergência, que levou já à decisão de encerrar os acessos a bairros de Jerusalém oriental.
Também o primeiro-ministro israelita anunciou uma reunião do gabinete de segurança para as próximas horas. O número um da polícia israelita, Benzi Sau, deverá apresentar a Benjamin Netanyahu um plano alargado para prevenir mais atentados.
Por sua vez, o presidente da câmara de Jerusalém, Nir Barkat, pediu às forças de segurança para que montem um cerco aos bairros árabes da cidade.
Este é já considerado o dia mais mortífero em Jerusalém desde o início da escalada de violência, a 1 de outubro.
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