Várias iniciativas culturais da comunidade portuguesa canceladas

por Lusa

Várias iniciativas culturais da comunidade portuguesa foram canceladas este fim-de-semana, na região de Paris, na sequência dos atentados de sexta-feira.

A visita prevista para hoje de uma delegação de Mogadouro à cidade de Groslay, nos arredores de Paris, com vista a uma futura ação de geminação entre ambas era uma dessas iniciativas, outra era o colóquio Luso Journée, que deveria ter acontecido este sábado, na Fundação Gulbenkian de Paris, assim como a iniciativa Luso Soirée no café cultural Lusofolie`s, em Paris, organizados pela AGRAFr, Associação dos Graduados de França.

Também a venda de vinhos portugueses programada para a cidade de Vallenton, nos arredores de Paris, foi cancelada "por causa dos eventos bárbaros da noite de sexta-feira", justificou a Associação Générations Portugal.

O Festival de Folclore da Associação Portuguesa de Vincennes foi outro dos eventos anulados "porque a sala deixou de estar disponível por causa do estado de emergência", explicou à Lusa Carlos Gonçalves, deputado do PSD eleito pelo círculo da emigração da Europa, que sublinhou que "a comunidade está solidária com o povo francês".

Carlos Gonçalves, também responsável do secretariado nacional do PSD para as comunidades portuguesas na Comissão Política do partido, lamentou "de forma veemente os trágicos acontecimentos" de sexta-feira e manifestou "a solidariedade e o profundo pesar às famílias das vítimas, à França e ao povo francês", incluindo, às famílias dos dois cidadãos portugueses vítimas dos ataques", deixando uma mensagem à comunidade portuguesa.

"A nossa comunidade, independentemente de estar num ambiente de alguma insegurança não pode ficar refém dos atos inconcebíveis que tiveram lugar e a vida deve recomeçar de forma natural", declarou o deputado, lembrando que "a sala do Bataclan já chegou a ser utilizada pela comunidade portuguesa".

Paulo Pisco, deputado do PS eleito pelo círculo da emigração da Europa, veio a Paris "expressamente para encontrar algumas entidades portuguesas e francesas para manifestar a solidariedade" porque "a França é a segunda pátria dos portugueses na Europa".

"O terrorismo - e tudo aquilo que representa de obscurantismo - não pode fazer vergar as pessoas ao medo que eles pretendem instilar nas nossas sociedades. As pessoas têm que continuar obviamente a sua vida. Claro que têm de ter cautela e estar alerta, mas a vida tem de continuar, senão era fazer aquilo que os terroristas querem", disse o deputado à Lusa.

 

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