Na Argentina, um menino com uma perna amputada emprestou uma muleta ao amigo para que este conseguisse ver um jogo de futebol. A imagem mostra as duas crianças suspensas a assistir à partida da primeira divisão, numa história de companheirismo que já correu o mundo.
O jogo disputado entre o Racing Club e o Temperley, duas equipas da primeira divisão argentina, assinalava a despedida de Diego Millito, antigo jogador do Saragoça, Inter de Milão e da seleção argentina. Realizou no sábado o último jogo da carreira enquanto jogador, ao serviço do Racing.
Toma te presto una así vemos los dos! Este tipo de cosas sólo pasan en el cilindro! pic.twitter.com/coY0hqYLkF
— Sabri Bonomo (@BonomoSabri) May 22, 2016
Além das despedidas, o jogo acabaria por ficar também marcado por esta imagem em que duas crianças conseguem ver para lá de um muro de segurança com 1,60 metros de altura.
“Eu estava a ver o Milito a dar uma volta ao campo, mas o meu amigo estava a saltar para conseguir olhar por cima do muro. Emprestei-lhe uma das minhas muletas para ele subir, é o que faço sempre para conseguir ver os jogos”, explicou Santiago ao jornal local El Argentino Zona Norte. Em declarações ao El Pais, o menino confessa que o avançado argentino “é o seu grande ídolo. É um grande jogador, gosto de tudo o que ele faz”.
Quem tirou e divulgou a fotografia foi a própria mãe de Santiago, orgulhosa do gesto do filho, e que faz questão de destacar a proatividade do filho, apesar das dificuldades. Santiago joga numa equipa de futebol adaptado, pratica taekwondo, faz escaladas e até já quis experimentar fazer esqui. No Twitter da mãe, é possível ver alguns dos vídeos dos golos de Santi, nome pelo qual a criança é conhecida.
#Racing Santy Fretes, uno de los chicos de @RacingIntegrado, es un ejemplo de superación. ¡Idolo! pic.twitter.com/EEwStuOxGz
— Racingmaníacos (@RacingManiacos) December 7, 2015
Esta história pode vir a ajudar o desfecho da sua história. É que Santi aguarda há anos por uma prótese que lhe possa facilitar a vida. O Ministério argentino da Saúde já prometeu tratar do caso, mas a burocracia atrapalha: “Uma prótese não se coloca assim, sem mais nem menos. É algo que leva tempo. O processo demora muito, entretanto mudou o Governo e nós vamos ficando sem nada”, lamenta a mãe do menino.