Elementos da Direção Geral da Segurança Interna francesa fizeram esta quinta-feira uma "operação importante" em Paris que permitiu "abortar um atentado", anunciou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. No raide, no bairro de Argenteuil, a polícia deteve o suspeito de preparar o ataque.
"Não há qualquer elemento tangível que ligue este projeto aos ataques de Paris e de Bruxelas", afirmou o ministro numa declaração à imprensa.
As investigações e "operações de limpeza" decorreram hoje num edifício em Argenteuil, perto de Paris, no âmbito de inquérito conduzido por um juiz de instrução antiterrorista.
Polícia deteve suspeito de planear atentando
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, revelou ainda que a polícia prendeu um suspeito na zona de Paris que estava a planear um atentado já "num estado avançado".
Cazeneuve revelou que o raide no bairro Argenteuil, nos arredores de Paris, levou a uma "detenção relevante", mas disse não haver evidência de ligação com os atentados de Bruxelas, na terça-feira, e de Paris, em novembro.
O homem, um cidadão francês, foi detido na manhã desta quinta-feira e estava sob vigilância há alguns meses.
O edifício foi evacuado e em seu redor foi criado um perímetro de segurança. "As operações de limpeza estão a decorrer para permitir à polícia investigar o apartamento, o parque de estacionamento e as áreas comuns em boas condições", acrescentou Bernard Cazeneuve.
Segundo o ministro, estavam no local equipas de minas e armadilhas.
Esta quinta-feira, o alegado cabecilha dos atentados de Paris, Salah Abdselam, foi ouvido num tribunal belga, quase uma semana depois de ter sido detido em Bruxelas.
O suspeito garantiu aos investigadores que não tinha conhecimento dos atentados na capital belga. Sven Mary, o advogado de Abdselam, revelou que o seu cliente mudou de ideias e quer ser ser extraditado rapidamente para França.
C/Lusa
