Pedaços de míssil russo entre os destroços do voo da Malásia MH17

por Graça Andrade Ramos, RTP
Militante separatista russo guarda pedaços do aparelho da Malaisia Airlines abatido em julho de 2014 nos céus da Ucrânia Maxim Zmeyev, Reuters

A equipa de procuradores e de especialistas responsáveis pela investigação internacional à queda do voo MH17 encontrou, entre os destroços, pedaços que podem ser de um míssil Buk de fabrico russo.

Em comunicado, o Gabinete holandês para a Segurança, encarregue da investigação criminal às causas da catástrofe, afirma que os investigadores identificaram "certos elementos que podem ser originários de um sistema de míssil terra-ar do tipo Buk".

Os mísseis Buk começaram a ser desenvolvidos pela União Soviética mas a sua produção e aperfeiçoamento têm prosseguido na Federação Russa.

O sistema de mísseis Buk inclui as quatro componentes principais, como radares de captação e de alvo, um elemento de comando, lançadores de mísseis e um elemento logístico, montados num veículo. A mobilidade do sistema permite a sua relocalização rápida tornando difícil a sua deteção.

Os rebeldes ucranianos pró-russos, alegadamente apetrechados pelas forças militares russas, são os principais suspeitos do abate do avião da Malaysia Airlines, que terão confundido com um caça ucraniano.

O voo MH17 despenhou-se em julho de 2014 em Donetsk, território controlado pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia. Morreram 298 pessoas, na maioria cidadãos holandeses.
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