Panama Papers empurram primeiro-ministro da Islândia para porta de saída
Alvo de uma moção de censura, na esteira do escândalo de fortunas ocultas desvendado pela investigação jornalística Panama Papers, Sigmundur Davíð Gunnlaugsson pediu esta terça-feira ao Presidente da Islândia para dissolver o Parlamento. Antes de decidir, porém, Ólafur Ragnar Grímsson quer ouvir os partidos.
A moção de censura fora submetida pela oposição na segunda-feira, o mesmo dia em que milhares de pessoas estiveram concentradas nas imediações do Parlamento de Reiquejavique para exigir a demissão do primeiro-ministro.
Sigmundur Davíð Gunnlaugsson viu o seu nome envolvido no escândalo internacional de ocultação de fortunas pela mão da firma Mossack Fonseca, com sede no Panamá.
Ana Rita Freitas, João Caldeirinha - RTP (4 de abril de 2016)
Após a reunião desta terça-feira com o primeiro-ministro Sigmundur Davíð Gunnlaugsson, o Presidente islandês adiantou ter manifestado a vontade de auscultar as principais forças partidárias do país, antes de decidir o destino da atual composição parlamentar.
“Conhecer posições”
No regresso apressado de uma visita de caráter privado aos Estados Unidos, Ólafur Ragnar Grímsson explicou que pretende consultar, desde logo, o Partido da Independência, aliado do atual chefe do Governo e do seu Partido do Progresso.
“Recusei-me a assinar uma declaração tendo em vista dissolver o Parlamento e fiz saber ao primeiro-ministro que não poderia consentir antes de me reunir com os responsáveis de outros partidos para conhecer as suas posições”, declarou o Presidente numa intervenção televisiva. Os opositores do primeiro-ministro encontram nas ligações da sua mulher aos Panama Papers um claro conflito de interesses.
A divulgação dos Panama Papers tornou praticamente insustentável a permanência de Gunnlaugsson no poder.
Entre o extenso acervo de documentos estão dados sobre uma companhia offshore detida pela mulher do primeiro-ministro: a Wintris Inc, que é credora do Arion Bank - outrora o Kaupthing Bank - e do Landsbanki, ambos nacionalizados em consequência da crise financeira.
Após as eleições legislativas de 2013, o Partido do Progresso e o Partido da Independência forjaram uma aliança que lhes garantiu 38 dos 63 assentos do Parlamento. A atual distribuição de forças seria suficiente para fazer cair a moção de censura.
c/ Reuters e France Presse
Sigmundur Davíð Gunnlaugsson viu o seu nome envolvido no escândalo internacional de ocultação de fortunas pela mão da firma Mossack Fonseca, com sede no Panamá.
Ana Rita Freitas, João Caldeirinha - RTP (4 de abril de 2016)
Após a reunião desta terça-feira com o primeiro-ministro Sigmundur Davíð Gunnlaugsson, o Presidente islandês adiantou ter manifestado a vontade de auscultar as principais forças partidárias do país, antes de decidir o destino da atual composição parlamentar.
“Conhecer posições”
No regresso apressado de uma visita de caráter privado aos Estados Unidos, Ólafur Ragnar Grímsson explicou que pretende consultar, desde logo, o Partido da Independência, aliado do atual chefe do Governo e do seu Partido do Progresso.
“Recusei-me a assinar uma declaração tendo em vista dissolver o Parlamento e fiz saber ao primeiro-ministro que não poderia consentir antes de me reunir com os responsáveis de outros partidos para conhecer as suas posições”, declarou o Presidente numa intervenção televisiva. Os opositores do primeiro-ministro encontram nas ligações da sua mulher aos Panama Papers um claro conflito de interesses.
A divulgação dos Panama Papers tornou praticamente insustentável a permanência de Gunnlaugsson no poder.
Entre o extenso acervo de documentos estão dados sobre uma companhia offshore detida pela mulher do primeiro-ministro: a Wintris Inc, que é credora do Arion Bank - outrora o Kaupthing Bank - e do Landsbanki, ambos nacionalizados em consequência da crise financeira.
Após as eleições legislativas de 2013, o Partido do Progresso e o Partido da Independência forjaram uma aliança que lhes garantiu 38 dos 63 assentos do Parlamento. A atual distribuição de forças seria suficiente para fazer cair a moção de censura.
c/ Reuters e France Presse
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