A NASA divulgou a imagem mais profunda alguma vez captada do Universo, que mostra as primeiras galáxias formadas logo após o Big Bang, há mais de 13 mil milhões de anos, conseguidas através do telescópio James Webb.
A primeira imagem científica e colorida do telescópio James Webb marca um dia “histórico”, realçou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante um evento que decorreu na Casa Branca, seis meses depois do lançamento do mais poderoso telescópio espacial alguma vez construído.
Esta fotografia é “a imagem infravermelha mais profunda e clara já captada do Universo até agora”, destacou a agência espacial norte-americana.
A luz decompõe-se em diferentes comprimentos de onda, incluindo infravermelho, que o olho humano não consegue perceber, ao contrário do James Webb, projetado com esse propósito.
A imagem divulgada mostra milhares de galáxias, mas um “grão de areia na ponta de um dedo com o braço preso”, segundo a analogia apresentada pelo diretor da NASA, Bill Nelson, que se referiu ao espaço fotografado como "uma pequena porção do universo".
O momento captado e agora divulgado refere-se ao aglomerado de galáxias SMACS 0723, que estando em primeiro plano ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo das populações de galáxias extremamente distantes, um efeito chamado lente gravitacional.
Em Portugal, a divulgação das imagens será acompanhada numa sessão no Pavilhão do Conhecimento com a participação dos investigadores Alexandre Cabral e José Afonso, do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Ana Afonso, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto e Cláudio Melo, responsável científica na Agência Espacial Portuguesa.
O Telescópio Espacial James Webb foi lançado para o espaço a 25 de dezembro de 2021, viajou até uma órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra e começou agora a recolher imagens dos confins do universo, depois de um processo complexo de calibragem de instrumentos e de alinhamento de espelhos.
O Telescópio Espacial James Webb foi lançado para o espaço a 25 de dezembro de 2021, viajou até uma órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra e começou agora a recolher imagens dos confins do universo, depois de um processo complexo de calibragem de instrumentos e de alinhamento de espelhos.
Primeiras imagens divulgadas
As primeiras imagens coloridas e espetros obtidos pelo telescópio espacial James Webb reportam-se a cinco objetos cósmicos, incluindo uma das maiores e mais brilhantes nebulosas e um planeta extrassolar gigante, segundo explicou em 8 de julho a Agência Espacial Europeia (ESA), parceira do maior e mais potente telescópio espacial, em órbita desde janeiro.
A revelação das imagens marca o início das operações científicas do James Webb, que junta as colaborações da ESA e das congéneres norte-americana (NASA), líder do projeto, e canadiana (CSA).
A seleção das imagens e dos espetros ficou a cargo de um comité de representantes da NASA, ESA e CSA e do Space Telescope Science Institute, centro de operações científicas do telescópio, nos Estados Unidos.
Um dos objetos cósmicos captados pelo James Webb é a Nebulosa Carina, uma das maiores e mais brilhantes nebulosas no céu, localizada a cerca de 7.600 anos-luz da Terra, na constelação Carina.
A Nebulosa Carina abriga muitas estrelas com uma massa várias vezes superior à do Sol.
Do planeta WASP-96b, descoberto em 2014, será revelado o seu espetro. Trata-se de um planeta gigante fora do Sistema Solar, composto principalmente por gás e localizado quase a 1.150 anos-luz da Terra. Orbita a sua estrela a cada 3,4 dias.
A lista de "alvos" do James Webb inclui, ainda, o Quinteto de Stephan, um grupo de cinco galáxias situado a 290 milhões de anos-luz da Terra, na constelação Pegasus, a Nebulosa do Anel Sul, uma nuvem de gás que rodeia uma estrela moribunda, e o corpo celeste SMACS 0723, onde "grandes aglomerados de galáxias em primeiro plano ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo das populações de galáxias extremamente distantes".
As primeiras imagens coloridas e espetros obtidos pelo telescópio espacial James Webb reportam-se a cinco objetos cósmicos, incluindo uma das maiores e mais brilhantes nebulosas e um planeta extrassolar gigante, segundo explicou em 8 de julho a Agência Espacial Europeia (ESA), parceira do maior e mais potente telescópio espacial, em órbita desde janeiro.
A revelação das imagens marca o início das operações científicas do James Webb, que junta as colaborações da ESA e das congéneres norte-americana (NASA), líder do projeto, e canadiana (CSA).
A seleção das imagens e dos espetros ficou a cargo de um comité de representantes da NASA, ESA e CSA e do Space Telescope Science Institute, centro de operações científicas do telescópio, nos Estados Unidos.
Um dos objetos cósmicos captados pelo James Webb é a Nebulosa Carina, uma das maiores e mais brilhantes nebulosas no céu, localizada a cerca de 7.600 anos-luz da Terra, na constelação Carina.
A Nebulosa Carina abriga muitas estrelas com uma massa várias vezes superior à do Sol.
Do planeta WASP-96b, descoberto em 2014, será revelado o seu espetro. Trata-se de um planeta gigante fora do Sistema Solar, composto principalmente por gás e localizado quase a 1.150 anos-luz da Terra. Orbita a sua estrela a cada 3,4 dias.
A lista de "alvos" do James Webb inclui, ainda, o Quinteto de Stephan, um grupo de cinco galáxias situado a 290 milhões de anos-luz da Terra, na constelação Pegasus, a Nebulosa do Anel Sul, uma nuvem de gás que rodeia uma estrela moribunda, e o corpo celeste SMACS 0723, onde "grandes aglomerados de galáxias em primeiro plano ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo das populações de galáxias extremamente distantes".
Que telescópio é este
O telescópio James Webb tem o nome de um antigo administrador da NASA e foi enviado para o espaço em 25 de dezembro, após sucessivos atrasos, num foguetão de fabrico europeu. Está em órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra.
Antes de poder iniciar os seus trabalhos científicos, o telescópio passou por um período de seis meses dedicado à calibração dos seus instrumentos no espaço e ao alinhamento dos seus espelhos.
A astrónoma portuguesa Catarina Alves de Oliveira, que trabalha no Centro de Operações Científicas da ESA, em Espanha, é responsável pela calibração de um dos quatro instrumentos do James Webb, participando na campanha de preparação das observações com fins científicos.
Vários cientistas portugueses estão envolvidos em projetos de investigação que implicam tempo de observação com o telescópio.
Os astrónomos esperam com o James Webb obter mais dados sobre os primórdios do Universo, incluindo o nascimento das primeiras galáxias e estrelas, mas também sobre a formação de planetas.
O telescópio James Webb tem o nome de um antigo administrador da NASA e foi enviado para o espaço em 25 de dezembro, após sucessivos atrasos, num foguetão de fabrico europeu. Está em órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra.
Antes de poder iniciar os seus trabalhos científicos, o telescópio passou por um período de seis meses dedicado à calibração dos seus instrumentos no espaço e ao alinhamento dos seus espelhos.
A astrónoma portuguesa Catarina Alves de Oliveira, que trabalha no Centro de Operações Científicas da ESA, em Espanha, é responsável pela calibração de um dos quatro instrumentos do James Webb, participando na campanha de preparação das observações com fins científicos.
Vários cientistas portugueses estão envolvidos em projetos de investigação que implicam tempo de observação com o telescópio.
Os astrónomos esperam com o James Webb obter mais dados sobre os primórdios do Universo, incluindo o nascimento das primeiras galáxias e estrelas, mas também sobre a formação de planetas.