Orleans, 03 Dez (Lusa) - Cinco anos de prisão foi a pena aplicada pela justiça francesa a uma mulher acusada de ter infectado "deliberadamente" o marido com o virus da SIDA.
Christelle Grard, 39 anos, foi julgado num processo para o qual a pena máxima prevista em França são 15 anos de cadeia.
A advogada de acusação, Jocelyne Amouroux, explicou que Christelle "agiu com maldade e com intenção de infectar o marido".
A explicação de Amouroux é que Christelle "sabia que tinha SIDA e, nesse sentido, jamais poderia ter aceite ter relações sexuais com o seu marido sem a devida protecção uma vez que sabia que o iria infectar com o vírus" mortal para o qual não existe cura.
A explicação da acusação, juntamente com o facto de o marido não saber na altura que a mulher tinha SIDA, foram "suficientes para que o juiz encarregue do processo condenasse a mulher a cinco anos de prisão".
O caso foi a tribunal precisamente depois de o marido, militar de profissão, descobrir em 1997 que estava infectado com o vírus da SIDA, depois dos exames médicos a que foi submetido quando regressou de uma missão militar nos Camarões.
O casal, agora divorciado, tem um filho de 11 anos.
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