A deputada trabalhista Jo Cox foi alvejada a tiro e esfaqueada em Birstall, na província de Yorkshire. Transportada para o hospital em estado crítico, acabou por morrer. A polícia deteve um suspeito.
Jo Cox, mãe de duas crianças, antes de ser eleita para a câmara baixa do
parlamento, destacara-se pelo seu activismo na Oxfam, a confederação
internacional de organizações de luta contra a fome e a pobreza.
A deputada foi transportada numa ambulância aérea para o Hospital de Leeds, mas não resistiu aos ferimentos.
A BBC refere que um homem de 52 anos foi detido como suspeito do ataque a tiro e à facada. Clarke Rothwell, testemunha ocular, dono de um café vizinho, disse que a deputada, de 41 anos, foi deixada no chão, com sinais visíveis de hemorragia.
A mesma testemnha descreveu um homem com uns 50 anos, "com um boné branco de basebal, um blusão, com uma arma na mão, uma arma com ar de antiquada".
E depois prossegue a descrição: "Ele alvejou aquela senhora e voltou a alvejá-la, caíu no chão, levantou-se e voltou a disparar contra ela, na região da face (...) Alguém tentou agarrá-lo, lutou com ele, ele empunhou uma faca de caça, e começou a esfaqueá-la, aí uma dúzia de vezes. As pessoas gritavam e fugiam do local".
Uma outra testemunha, Hithem Ben Abdallah, refere-se a um homem "muito corajoso", que tentou dominar o autor do ataque, mesmo depois de este ter mostrado uma arma de fogo - aparentemente antiquada ou de fabrico artesanal.
Segundo o site de The Independent, a deputada foi atacada no círculo de Batley e Spen, pelo qual fora eleita. O mesmo jornal começou por veicular uma versão segundo a qual não se tratava de um atentado premeditado contra aquela figura política.
Segundo essa versão inicial, em parte suportada pela testemunha Abdallah, Jo Cox teria intervindo numa desavença entre dois homens e, na sequência dessa intervenção, terá sido alvejada por um deles.
Suspeitas de motivação ultra-direitista
O mesmo site viria depois a apresentar uma versão mais próxima daquela veiculada pela BBC, incluindo também a citação de uma testemunha que refere expressões ouvidas ao suspeito agressor, como "[Grã] Bretanha primeiro!" ("Britain first!") ou outra de teor ultra-nacionalista, no momento em que estava a ser imobilizado por dois polícias.
"Britain first" não é apenas um slogan, mas também o nome de um pequeno partido de extrema-direita. Cox estava envolvida na campanha contra o "Brexit" (saída da UE), e seria portanto uma adversária da política da extrema-direita nacionalista.
A polícia procura obter confirmação das afirmações políticas do presumível agressor, que, a serem certas, lançariam uma outra luz sobre a natureza e a possível premeditação do ataque. De momento, a polícia negou em conferência de imprensa que haja indícios de outras pessoas envolvidas no homicídio, mesmo que o seu autor material tenha invocado motivações políticas.
Os partidários do "Brexit" apressaram-se a manifestar o seu repúdio, até com a expectável preocupação de se distanciarem de um acto que poderia apresentar conotações com a sua campanha. O partido ultra-nacionalista UKIP distanciou-se do ataque e o antigo mayor de Londres, Ben Johnson, expressou também o seu repúdio de forma particularmente veemente.
Segundo citação de The Guardian, Jayda Fransen, vice-presidente do partido "Britain First", declarou que a organização estava precisamente a analisar as notícias, mas foi adiantando que "este não é, em absoluto, o tipo de comportamento que nós preconizaríamos".
Tanto a campanha pela permanência na UE como a campanha pela saída ("Brexit") foram suspensas pelo resto do dia de hoje. O primeiro-ministro David Cameron, com uma visita a Gibraltar agendada no âmbito da campanha para o Reino Unido permanecer na União Europeia, suspendeu igualmente as acções de campanha a realizar no enclave e repudiou o atentado.
A BBC refere que um homem de 52 anos foi detido como suspeito do ataque a tiro e à facada. Clarke Rothwell, testemunha ocular, dono de um café vizinho, disse que a deputada, de 41 anos, foi deixada no chão, com sinais visíveis de hemorragia.
A mesma testemnha descreveu um homem com uns 50 anos, "com um boné branco de basebal, um blusão, com uma arma na mão, uma arma com ar de antiquada".
E depois prossegue a descrição: "Ele alvejou aquela senhora e voltou a alvejá-la, caíu no chão, levantou-se e voltou a disparar contra ela, na região da face (...) Alguém tentou agarrá-lo, lutou com ele, ele empunhou uma faca de caça, e começou a esfaqueá-la, aí uma dúzia de vezes. As pessoas gritavam e fugiam do local".
Uma outra testemunha, Hithem Ben Abdallah, refere-se a um homem "muito corajoso", que tentou dominar o autor do ataque, mesmo depois de este ter mostrado uma arma de fogo - aparentemente antiquada ou de fabrico artesanal.
Segundo o site de The Independent, a deputada foi atacada no círculo de Batley e Spen, pelo qual fora eleita. O mesmo jornal começou por veicular uma versão segundo a qual não se tratava de um atentado premeditado contra aquela figura política.
Segundo essa versão inicial, em parte suportada pela testemunha Abdallah, Jo Cox teria intervindo numa desavença entre dois homens e, na sequência dessa intervenção, terá sido alvejada por um deles.
Suspeitas de motivação ultra-direitista
O mesmo site viria depois a apresentar uma versão mais próxima daquela veiculada pela BBC, incluindo também a citação de uma testemunha que refere expressões ouvidas ao suspeito agressor, como "[Grã] Bretanha primeiro!" ("Britain first!") ou outra de teor ultra-nacionalista, no momento em que estava a ser imobilizado por dois polícias.
"Britain first" não é apenas um slogan, mas também o nome de um pequeno partido de extrema-direita. Cox estava envolvida na campanha contra o "Brexit" (saída da UE), e seria portanto uma adversária da política da extrema-direita nacionalista.
A polícia procura obter confirmação das afirmações políticas do presumível agressor, que, a serem certas, lançariam uma outra luz sobre a natureza e a possível premeditação do ataque. De momento, a polícia negou em conferência de imprensa que haja indícios de outras pessoas envolvidas no homicídio, mesmo que o seu autor material tenha invocado motivações políticas.
Os partidários do "Brexit" apressaram-se a manifestar o seu repúdio, até com a expectável preocupação de se distanciarem de um acto que poderia apresentar conotações com a sua campanha. O partido ultra-nacionalista UKIP distanciou-se do ataque e o antigo mayor de Londres, Ben Johnson, expressou também o seu repúdio de forma particularmente veemente.
Segundo citação de The Guardian, Jayda Fransen, vice-presidente do partido "Britain First", declarou que a organização estava precisamente a analisar as notícias, mas foi adiantando que "este não é, em absoluto, o tipo de comportamento que nós preconizaríamos".
Tanto a campanha pela permanência na UE como a campanha pela saída ("Brexit") foram suspensas pelo resto do dia de hoje. O primeiro-ministro David Cameron, com uma visita a Gibraltar agendada no âmbito da campanha para o Reino Unido permanecer na União Europeia, suspendeu igualmente as acções de campanha a realizar no enclave e repudiou o atentado.