Andrej Babis apelou ao "encerramento" da fronteira externa do espaço Schengen para "defender" a zona europeia de livre circulação, admitindo o auxilio da NATO na operação.
"Devemos impedir a vinda dos migrantes" acrescentou Babis, líder do movimento ANO ("Sim"), que integra a Coligação governamental com os sociais-democratas e os democratas-cristãos e é muitas vezes acusado de populismo.
A posição de Babis contrasta com a do seu primeiro-ministro. O social-democrata Bohuslav Sobotka tem defendido o reforço da proteção das fronteiras externas da União Europeia e de uma política de repatriamento mais eficaz.Nos primeiros seis meses de 2015, foram intercetados 3.018 migrantes ilegais, um aumento de 48 por cento em relação ao mesmo período de 2014.
"A República checa participa do programa de solidariedade da União Europeia, tendo-se comprometido a acolher no seu solo 1.500 refugiados, até 2017", recordou Sobotka recentemente.
A República Checa é, por enquanto, um país de trânsito nos fluxos migratórios do Médio Oriente para oeste.
Andrej Babis defende por seu lado que a NATO venha em auxílio da Macedónia e da Bulgária, avassaladas por um fluxo sem precedentes de migrantes que usam a rota dos Balcãs para chegar à Europa ocidental.
Para o ministro checo outra solução complementar seria a formação de um grande centro de migrantes, por exemplo na Turquia, onde fosse feita uma triagem e verificadas as razões que os levam a querer abandonar os seus países.