Kim Jong-un proibiu a celebração de casamentos, funerais e a liberdade de circulação na Coreia do Norte. Estas medidas foram implementadas temporariamente por razões de segurança, devido às comemorações do Partido dos Trabalhadores que voltam a acontecer ao fim de 36 anos.
Segundo o Jornal oficial do País, Pyongyang, a capital do país, está "encerrada" para a realização de todos os preparativos. De forma a evitar a ocorrência de incidentes durante os festejos, é proibido entrar e sair da cidade, tendo sido redobradas as ações de vigilância e as buscas em várias propriedades.
A última festa do partido aconteceu em 1980, quando a liderança do país ainda estava a cargo de Kim Jong-il, pai do atual líder do Partido dos Trabalhadores e Presidente da Coreia do Norte.
De acordo com o Independent, Kim Jong-un deverá com esta celebração tentar fortalecer e cimentar a sua liderança no país, declarar a Coreia do Norte como um Estado nuclear e ainda delinear a sua visão em relação ao futuro económico e militar do País.
Em Março, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a aplicação das sanções mais duras já aplicadas a este Estado, com o objetivo de suster os fundos utilizados nos programas nucleares e de mísseis balísticos, que promoveram dezenas de testes militares, só este ano.
Ainda esta madrugada a Correia do Norte realizou o seu quinto teste nuclear, o mais poderoso até à data. A explosão provocou um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter e teve um impacto pouco inferior à bomba de Hiroxima. A comunidade internacional já veio condenar este acontecimento.
Os festejos vão durar cerca de cinco dias, seguindo-se 70 dias de "demonstração de lealdade", onde os membros das forças militares do país irão realizar horas extra para aumentar a sua produtividade e demonstrar a sua devoção ao líder do Partido dos Trabalhadores.