Segundo o Wall Street Journal, que cita uma fonte do Governo norte-americano, o ataque aéreo, ocorrido há cerca de um mês e silenciado até agora, terá causado vários mortos.
Segundo a mesmo fonte governamental citada pelo site daquele diário norte-americano, a aviação russa utilizou bombas de fragmetanção. O alvo do ataque era uma base aérea utilizada por forças especiais norte-americanas e britânicas. Vinte e quatro horas antes do ataque, tinham-se retirado da base duas dezenas de militares britânicos.
O comando central das forças norte-americanas, sediado no Qatar enviou uma mensagem urgente ao comando das forças russas, sediado em Lakatia, sublinhando que aquela base estava ao serviço das operações contra o Daesh. Ainda segundo a mesma fonte, registou-se uma segunda vaga de bombardeamentos russos 90 minutos depois deste esclarecimento.
Um novo ataque terá ocorrido semanas depois, em 12 de Julho, desta vez de forças russas contra um campo militar dos rebeldes sírios anti-Assad.
A interpretação do WSJ para estes ataques não aponta para erros de cálculo ou falhas de informação. Na realidade, o comando russo trataria de pressionar desse modo os norte-americanos a coordenarem com os russos as suas operações na Síria - embora oficialmente a explicação russa tenha sido o alegado desconhecimento sobre a utilização anglo-americana da primeira base referida.
Na semana passada, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros Sergei Lavrov e o seu homólogo norte-americano, John Kerry, terão discutido as formas de melhorarem a coordenação respectiva no teatro de guerra sírio.