Depois do ataque ao Bataclan, vão se conhecendo pouco a pouco aqueles que impediram que a tragédia fosse maior. Sobressai agora o relato de Sébastien, originário da cidade francesa de Arles. Como centenas de outros, assistia ao concerto na noite de sexta-feira. Foi ele que salvou a jovem grávida que aparece suspensa na janela do Bataclan.
Perante o cenário, a mulher grávida quis conhecer o seu salvador. Depois de um apelo nas redes sociais, a busca deu frutos.
Pour elle, merci de RT largement ce message. #bataclan #rechercheparis #parisrecherche pic.twitter.com/0xKxTPegJJ
— Frans /A Torreele (@__F_A_T__) 15 novembro 2015
“A mulher grávida que todos viram em vídeo, suspensa na janela do Bataclan a pedir socorro, deseja reencontrar o homem que a ajudou a subir e salvou. Só para lhe dizer ‘obrigado’”, lê-se no tweet amplamente divulgado. O post cumpriu a sua função.
“Através do anúncio colocado no twitter, o irmão do homem que a ajudou contactou-me por e-mail”, relatou um amigo da jovem grávida ao Huffington Post. “Verifiquei junto dele e da minha amiga que se tratava da pessoa certa e trocaram contactos”.
A jovem grávida manteve o anonimato, não se sabendo sequer o seu nome. Também o jovem salvador tem procurado manter o anonimato, não sendo conhecida a sua identidade.
"Pediu-me que a ajudasse. Foi o que fiz"
Sabe-se que se chama Sébastien, é originário de Arles, no sudeste francês, e escreveu um relato na primeira pessoa para o La Provence. Depois de ter procurado uma saída de emergência, acabou por subir ao primeiro andar do Bataclan. Foi aqui que encontrou a jovem grávida.
“À minha frente havia duas janelas. Numa delas, estava suspensa uma mulher grávida. Suplicava a quem estava em baixo que a recebessem caso saltasse. Mas em baixo, também era o caos”, relata.
“Passei pela outra janela, agarrei-me a um orifício de ventilação, a 15 metros do chão. Aguentei-me cinco minutos até que a mulher grávida, que não resistia mais, pediu-me que a ajudasse a regressar ao interior do edifício.
“Foi o que fiz. Não sei para onde foi a seguir”, lamentava então.
A história chega agora ao fim, com as notícias que estão bem e sobreviveram aos ataques de 13 de novembro de 2015. O último balanço oficial revela que pelo menos 129 pessoas morreram nos ataques à capital francesa. Mais de 80 encontravam-se no Bataclan.