O Governo ganês vai recrutar mais de 170 médicos cubanos para aliviar os efeitos de uma greve que os profissionais de saúde do país estão a cumprir. Os médicos do Gana estão em paralisação contra as condições de trabalho.
Cerca de 2.800 médicos do serviço público começaram a faltar ao serviço nos departamentos de ambulatório antes de a greve se estender aos serviços de emergência. As equipas médicas de hospitais militares, que se mantiveram em atividade na capital, dizem que têm recebido civis para tratamentos hospitalares.
O Governo diz que esta paralisação é ilegal e que só vai haver espaço para negociações quando os médicos, que se queixam de más condições de trabalho, voltarem ao trabalho.
Os médicos em greve exigem habitação, vestuário e subsídios de deslocação para os médicos seniores, assim como carros de serviço. Pedem ainda um aumento no pagamento das horas extra, pós-graduações gratuitas, melhores pensões e cuidados de saúde gratuitos no estrangeiro quando os tratamentos não estão disponíveis no Gana.
"Processo está a decorrer"
O ministro da Saúde afirmou que ainda não há data para a chegada dos médicos cubanos, mas que as negociações estão a decorrer.
"Estamos num processo para trazer 177 médicos para cá e esse processo está a decorrer", avançou Segbefia na passada terça-feira numa conferência de imprensa.
"Como o nosso trabalho é proteger vidas e restabelecer a normalidade, também estamos a tentar manter todos os médicos cubanos que tenham terminado a sua rotação e a quem foi programada a partida para Cuba em breve", disse o ministro.
Segbefia destacou que o Gana tem um acordo de longa data com Cuba, e outros países, em que os médicos chegam ao país todos os anos para reforçar o sistema nacional de saúde.