Em entrevista à RTP, Carlos Moedas revelou os desafios que enfrentou enquanto comissário europeu da investigação, ciência e inovação entre 2014 e 2019 em relação às pandemias. "Ninguém nos percebia", explica Moedas, acrescentando que a pandemia "era algo muito distante e que as pessoas não conseguiam ver como um risco".
"Ninguém nos percebia, porque [a pandemia] era algo muito distante e que as pessoas não conseguiam ver como um risco. Nesse aspeto sinto que falhámos nessa altura", afirma Moedas.
O antigo secretário de Estado adjunto de Passos Coelho ressalva, no entanto, que foram dos primeiros a financiar a empresa CureVac, que detém uma das vacinas utilizadas atualmente contra a pandemia da Covid-19.
As vacinas vieram relembrar, segundo Moedas, que "vale a pena investir na ciência".
Moedas, que é agora candidato à Câmara de Lisboa, salienta ainda que a ciência “é um dos maiores instrumentos que temos na diplomacia”.
“A ciência consegue que pessoas que nunca falariam umas com as outras se sentem à volta de uma mesa”, afirma o ex-comissário europeu, dando o exemplo do centro de investigação na Jordânia, financiado pela Comissão Europeia, onde trabalhavam cientistas palestinianos e israelitas.
“A ciência não é só o conhecimento, mas é também esta capacidade que tem de unir as pessoas, porque os cientistas falam a mesma língua e não é a língua da guerra, é a língua da paz”, sublinha.
“A ciência consegue que pessoas que nunca falariam umas com as outras se sentem à volta de uma mesa”, afirma o ex-comissário europeu, dando o exemplo do centro de investigação na Jordânia, financiado pela Comissão Europeia, onde trabalhavam cientistas palestinianos e israelitas.
“A ciência não é só o conhecimento, mas é também esta capacidade que tem de unir as pessoas, porque os cientistas falam a mesma língua e não é a língua da guerra, é a língua da paz”, sublinha.