Europa e EUA reagem em choque aos ataques em Paris

por Graça Andrade Ramos - RTP
Philippe Wojazer - Reuters

Da Grã-Bretanha à Itália, dos Estados Unidos à Rússia, europeus e americanos declararam a sua solidariedade com a França e os franceses. E vários líderes prometeram perseguir os responsáveis pelos ataques, garantindo que o terrorismo não irá vencer " a democracia".

 O Presidente da República português, Cavaco Silva, enviou um telegrama de Estado ao Presidente francês, François Hollande, expressando a sua "grande consternação" face ao que classificou de "hediondos ataques terroristas" em Paris.

"Foi com grande consternação que tomei conhecimento dos hediondos ataques terroristas, hoje, em Paris, e da perda trágica de um elevado número de vidas", refere Aníbal Cavaco Silva, na mensagem dirigida na sexta-feira ao seu homólogo francês e divulgada hoje no 'site' da Presidência da República.

"Peço-lhe que aceite, Senhor Presidente, a expressão da minha elevada consideração e estima pessoal", conclui o chefe de Estado português.

O primeiro-ministro Passos Coelho escreveu uma mensagem a François Holland, transmitindo condolência pelos ataques desta sexta-feira em Paris. Refere ainda que Portugal repudia qualquer forma de terrorismo.

António Costa exprimiu a sua solidariedade enviando uma mensagem de solidariedade ao presidente francês e o presidente da Assembleia da República,  Ferro Rodrigues, manifestou "horror, repúdio e indignação" com os ataques.
O presidente da Assembleia da República português, Eduardo Ferro Rodrigues, manifestou hoje "horror, repúdio e indignação" com os ataques ocorridos em Paris. - See more at: http://stga.rtp.pt/noticias/index.php?article=873751&visual=50#sthash.ac5lyR5C.dpuf
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Pelas 00h00 horas em Portugal, estavam confirmados pelo menos 140 mortos em vários tiroteios e explosões esta noite em Paris.
Terror em Paris
Foram confirmados pelos menos três ataques mas algumas fontes próximas das investigações falam de sete ocorrências.

Um dos ataques deu-se num bar perto de estádio de França onde o Presidente François Hollande assistia a um jogo de futebol amigável França-Alemanha. As explosões ouviram-se distintamente durante o jogo, que não foi interrompido. O Presidente foi retirado para lugar seguro.

Um outro ataque quase em simultâneo decorreu no centro de artes Bataclan onde decorria um concerto de Heavy Metal perante 1.500 pessoas. Uma centena foi feita refém. O impasse terminou com um assalto da brigada de intervenção, cerca das 23h45 hora de Lisboa, e que encontrou o recinto juncado de cadáveres. "Uma carnificina" descreveria no twitter um dos sobreviventes.

Um terceiro ataque decorreu num bar-restaurante Petit Cambodja, onde pelo menos um homem disparou uma centena de tiros com uma arma automática, pondo-se depois em fuga, de acordo com testemunhas.

As autoridades pediram aos parisienses para se manterem em casa.
EUA oferecem auxílio
"Estamos preparados e prontos para prestar qualquer assistência requerida pelo Governo de França e pelo povo de França," afirmou o presidente americano numa conferência de imprensa na Casa Branca.

"Uma vez mais assistimos a uma tentativa ultrajante de aterrorizar civis" afirmou Obama, garantindo a intenção firme de "trazer estes terroristas perante a justiça e perseguir as redes terroristas".

"Aqueles que pensam poder aterrorizar o povo de França e os valores que ele defende enganam-se", afirmou Obama.

O Presidente americano acrescentou que as operações de segurança ainda a decorrem e que não tem ainda detalhes sobre o sucedido. O secretario de Estado da Defesa, Ash Carter, está a acompanhar de perto o evoluir da situação, informou o Pentágono.
NATO e ONU solidárias com França
O secretario-geral da ONU Ban Ki Moon denunciou os "ataques terroristas desprezíveis" em Paris, afirmando estar "ao lado do governo e do povo franceses".

Citado pelo seu porta-voz o secretario-geral exigiu a "libertação imediata das numerosas pessoas que estavam reféns no Bataclán".

O secretario-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que a Aliança Atlântica se manteria ao lado de França "forte e unida" contra o terrorismo, mostrando-se "chocado pelos horríveis ataques em Paris".

"O terrorismo nunca vencerá a democracia", acrescentou.
Atentados "odiosos" e "inumanos"
Angela Merkel afirmou-se chocada com a notícia dos ataques terroristas e dizendo que "nestas horas o meu pensamento está com as vítimas destes ataques evidentemente terroristas, com os seus familiares e com todos os habitantes de Paris".

O seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, afirmou-se "horrorizado e abalado" na conta da rede social twitter do ministério. O chefe da diplomacia alemã encontrava-se no estádio ao lado do Presidente francês a assistir ao jogo e afirmou "estamos ao lado da França".

A Rússia condenou os "atentados odiosos" e os "assassinatos inumanos" realizados em Paris e disse-se pronta a dar "toda a ajuda no inquérito sobre estes crimes terroristas", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O Presidente russo Vladimir Putin exprimiu as suas condolências e solidariedade da Rússia ao presidente François Hollande e a todo o povo francês.

A Turquia, pela voz do presidente Reccep Tayyip Erdogan exigiu "um consenso da comunidade internacional contra o terrorismo".
Ataque jihadista
O primeiro-ministro espanhol falou ao telefone com o seu homólogo francês Manuel Valls, exprimindo toda a sua solidariedade com o povo francês e oferecndo o auxílio das forças de segurança espanholas.

"Tudo isto confirma que enfrentamos um desafio sem precedentes, um desafio de uma enorme crueldade", afirmou por seu lado na TVE o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Jose Manuel Garcia Margallo, referindo um ataque jihadista.

De Espanha, o rei Filipe VI enviou também uma mensagem de solidariedade para com o povo francês.

O primeiro-ministro David Cameron, o primeiro líder internacional a reagir na rede social Twitter, mostrou-se chocado e solidário com o povo francês. "faremos todo o possível para ajudar" afirmou Cameron.

O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse-se "profundamente chocado". "exprimimos a nossa solidariedade plena com o povo da França", escreveu Juncker também num tweet.

A Itália, através do primeiro-ministro Matteo Renzi na sua página Twitter, afirmou-se "com os seus irmãos franceses contra o atrozes ataques em Paris e na Europa".

"A Europa, tocada no seu coração, saberá reagir à barbárie", acrescentou Renzi.
Nova Iorque sob alerta máximo
A Holanda "está ao lado da França" declarou também o primeiro-ministro Mark Rutte e o ministro dos Negóciso Estrangeiros Bernt Koenders afirmou-se "chocado e consternado".

A presidente brasileira Dilma Roussef, "consternada pela barbárie terrorista" e exprimiu a "rejeição da violência e a minha solidariedade em relação ao povo e governo franceses".

O presidente do Perú condenou por seu lado energicamente os atentados terroristas desta noite em Paris.

O presidente da Câmara de Nova Iorque, que colocou a cidade sob alerta máximo, exprimiu a sua solidariedade dos nova-iorquinos com Paris. "os nova-iorquinos tem o coração partido por ver a nossa cidade-irmã Paris de novo abalada por atos insanos de violência e estamos solidários com os parisienses e a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, neste momentos trágicos.

Há 10 meses a capital francesa foi abalada por um ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, que dizimou a redação do semanário.
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