EUA fecham portas a cidadãos da Coreia do Norte, Venezuela e Chade

por Jorge Almeida - RTP
Patrick Fallon - Reuters

É a última medida de Trump na política de fronteiras dos Estados Unidos. Cidadãos da Coreia do Norte, Venezuela e Chade juntam-se à lista de proibições de entrada no país.

A Casa Branca diz que as novas restrições têm por base uma revisão da partilha de informações com governos estrangeiros.

Depois da última controversa proibição de Donald Trump, cidadãos da Coreia do Norte, da Venezuela e do Chade passam a estar proibidos de pisar solo norte-americano. A restrição para os venezuelanos aplica-se apenas aos funcionários do Governo e familiares.

Sobem assim para oito o número de países com visto recusado pelos Estados Unidos: Coreia do Norte, Venezuela, Chade, Irão, Líbia, Síria, Iémen e Somália.

As recusas de entrada foram sujeitas a uma série de decisões judiciais, que em alguns casos inverteram a situação, e a uma vaga de protestos em larga escala. O Supremo Tribunal deverá tomar uma decisão final sobre o assunto no próximo mês de outubro.
Países falharam requisitos
A inclusão da Coreia do Norte e da Venezuela na lista faz com que estas medidas não se apliquem apenas a países de maioria muçulmana.

A Casa Branca diz que as três novas proibições devem-se ao facto de os países não terem cumprido os requisitos exigidos pelos EUA.

As proibições de entrada nos EUA geraram uma vaga de protestos. Foto: Stephanie Keith - Reuters

Em relação à Coreia do Norte, foi dito que “não cooperou com o Governo dos Estados Unidos em qualquer aspeto”. O Chade “não partilhou informações relacionadas com o combate ao terrorismo” e a Venezuela “não coopera para verificar se os seus cidadãos são uma ameaça à segurança” dos EUA.

O Iraque também não preencheu os requisitos mínimos mas foi excluído da lista "por causa da estreita relação de cooperação com os Estados Unidos" e devido à sua luta contra o autoproclamado Estado Islâmico.

A maioria das restrições vai ser executada nos vistos comerciais e turísticos B1 e B2. A proibição entra em vigor a 18 de outubro e não se aplica aos cidadãos que já possuem visto válido.
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