Militantes do grupo Estado Islâmico voltaram a atacar os tesouros históricos de Palmira, destruindo parte do anfiteatro romano construído no século II, revelaram esta sexta-feira as autoridade sírias. O Governo perdeu o controlo de Palmira para o Daesh em dezembro, numa guerra que perdura há seis anos.
A destruição daquelas porções do monumento foi também avançada à agência Reuters por Maamoun Abdulkarim, responsável pelo departamento de património histórico da Síria.#ISIS destroyed the #Tetrapylon and part of the Roman Theater in #Palmyra pic.twitter.com/Snl8U7GgvR
— PalmyraMonitor (@PalmyraMonitor) 20 de janeiro de 2017
Abdulkarim referiu ainda que soube da destruição há dez dias, mas optou por não dar os detalhes até as imagens por satélite serem publicadas por investigadores da Universidade de Boston, refere o jornal The Guardian.
Arqueólogos sírios já tinham transferido muitos artefactos, incluindo cerca de 400 estátuas, para Damasco, no sentido de evitar mais atos de destruição por parte do Estado Islâmico.
Satellite images show latest ISIS destruction to antiquities in Palmyra https://t.co/dMA1jHGDMf pic.twitter.com/J8S6VpvCtQ via @Conflicts
— ISIS Liveuamap.com (@lumisis) 20 de janeiro de 2017
Foi em dezembro que os extremistas reocuparam o local arqueológico, obrigando as tropas do regime de Bashar al-Assad a recuar.
É mais uma investida do Estado Islâmico numa região onde pelo menos 31 pessoas morreram nos últimos dois dias em combates entre o grupo radical e o exército, de acordo com os dados do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Palmira foi classificada como Património Mundial pela Unesco em 1980 e, antes do início do conflito na Síria, as ruínas da cidade eram uma das principais atrações turísticas do país.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura já veio classificar como "crime de guerra" o último ato de destruição em Palmira.