A sala de espetáculos Bataclan, em Paris, encheu-se para ouvir o grupo Resistência, com o cantor Miguel Ângelo a afirmar "Je suis Paris" e a justificar a presença do grupo no palco, como prova de que é preciso ser livre e "não ter medo".
A frase "Je suis Paris", em referência ao `slogan` que correu mundo depois dos atentados na capital francesa, surgiu no final da canção "Liberdade", em que a sala entoou "Canta liberdade, alto e sem medo".
Momentos antes, Miguel Ângelo afirmou: "A próxima canção diz que a liberdade está quase perdida. A nossa vinda aqui esta noite e a nossa celebração mostra o contrário. A liberdade continua nossa. Podemos ir ver concertos, ir ver jogos de futebol, andar de metro, sermos livres e não termos medo."
Mas foi com um "Bonsoir Paris, Bonsoir Portugal" que os músicos abriram o concerto, mediante sala cheia, muitos aplausos, muitos telemóveis a filmar e, pelo menos, duas bandeiras portuguesa no meio da multidão.
Cerca de 1700 pessoas encheram a sala, segundo as contas da associação de jovens Cap Magellan - que organizou o concerto, no âmbito do 25.º aniversário - e entoaram a primeira música, "Nasce Selvagem", cantando em coro "mais do que um partido, uma equipa ou religião, tu pertences a ti, não és de ninguém".
Seguiram-se muitos aplausos e Miguel Ângelo afirmou: "É muito bom estar de volta, de regresso a Paris! É muito bom estar na festa dos 25 anos da Cap Magellan. É muito bom estar nesta festa de música ao vivo. É muito bom estar no Bataclan!"
A sala ecoou outros êxitos dos Resistência como "A Noite", "Não sou o único", "Vai sem medo", "Timor", "Amanhã é sempre longe de mais", "Aquele Inverno", "Circo de feras" e "Um lugar ao sol", entre muitas outras canções.
Um concerto acompanhado em direto pela correspondente da RTP em Paris, Rosário Salgueiro.
(com Lusa)