Que país ocupará o segundo lugar no ranking de Donald Trump? Ainda ninguém sabe. Mas os vídeos humorísticos de candidatura já se tornaram virais. E Portugal é um dos concorrentes: as justificações que suportam a aptidão são muitas.
No discurso inaugural como 45.º Presidente norte-americano, o magnata prometeu, a partir do Capitólio, que de ora em diante, "será a América primeiro". Os vídeos "Dar boas vindas nas suas próprias palavras", apesar de cómicos, têm como intuito desmontar o que é proferido pelo Presidente dos Estados Unidos.
Mas quem irá ocupar a segunda posição no ranking internacional?. É a questão que tem percorrido o mundo - mais concretamente o mundo do humor - nos últimos dias.
Em resposta ao discurso isolacionista proferido pelo novo Presidente, não tardaram a aparecer comentários e críticas. Uma delas partiu de um programa televisivo de comédia na Holanda, que divulgou um vídeo viral de candidatura ao segundo lugar.
Foi a partir da campanha "Comedy Against Trumpism" (Comédia contra o Trumpismo) que surgiu o movimento "Who wants to be second" (Quem quer ser segundo), destinado a interpelar os países a enviarem pequenos clips satíricos.
Trata-se de um currículo que certifica os Estados aspirantes a superpotência como aptos a ocupar esta posição, segundo a visão de Trump. Suíça, Bélgica, Alemanha, Dinamarca e Lituânia já exibiram as suas qualidades. Portugal também.
A xenofobia, as políticas anti-imigração, a construção do muro na fronteira com o México, a misoginia e as escolhas para completar a administração são alguns dos elementos mais enaltecidos nos vídeos dos países concorrentes.
E o que diz Portugal?
"America First, Portugal Second" é o título do vídeo divulgado pelo programa da RTP 5 para a meia-noite. À luz deste trabalho, a nação lusitana parece uma das mais adequadas para ocupar a segunda posição da ordem mundial.
Partindo de uma rápida alusão à História de Portugal, Trump é elucidado sobre o ano de fundação do país e a forma como os cavaleiros da Cruzada conseguiram "expulsar completamente os árabes".
"Sabemos o que está a pensar: Afonso Henriques daria um ótimo secretário de Defesa", ironiza o vídeo.
O clip de candidatura faz ainda referência ao eleitorado do magnata: "60 por cento dos americanos acreditam que Portugal é uma província de Espanha. Provavelmente votaram em si".
A comédia desenrola-se sem esquecer Bo, o cão de água português da família Obama, a conquista do Europeu de Futebol de 2016, os descobrimentos e a divisão do mundo com Espanha.
António Costa, que construiu uma "Gerigonça" no Governo e que "não é índio", surge como uma solução para resolver os problemas com Vladimir Putin.
Entre outras justificações, o vídeo termina com uma alusão ao bom tempo português.