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Em entrevista à Antena 1, a primeira após o congresso de Espinho, do passado fim de semana, Pedro Passos Coelho sintetiza o que o seu PSD quer levar a cabo enquanto oposição: a curto e médio prazo.
Em suma, a bancada laranja não apresentará uma alternativa porque, na perspetiva de Passos Coelho, as ideias do PSD são conhecidas.
Quanto à convivência institucional entre o primeiro-ministro, António Costa, e o sucessor de Cavaco Silva na Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o líder social-democrata afirma não estranhar a boa relação entre aqueles protagonistas da vida política do país.
Passos falou também do repto do PSD ao Executivo socialista para uma reforma da Segurança Social, para descartar qualquer corte de pensões. O que pode estar em causa, explicou, é outro tipo de financiamento.
Vozes discordantes
Sobre a situação do edifício financeiro português, o ex-governante revelou que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, lhe disse serem necessários cerca de 50 mil milhões de euros para recapitalizar a banca.
Pedro Passos Coelho comentou ainda as vozes críticas que foram ouvidas no congresso do último fim de semana, entre as quais a de José Eduardo Martins. Nomeadamente a contestação a uma postura de subserviência à Europa. O presidente do PSD contrapõe que essa é uma ideia contaminada pelas críticas da esquerda.
No que diz respeito a Rui Rio, Passos disse tratar-se de um militante prestigiado no seio do partido, que terá a intervenção que entender como adequada.