Socialistas encurtam distância para a coligação na sondagem diária da RTP

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

Os socialistas continuam a encurtar distância para o PSD e CDS, com 34 por cento de intenção de voto face aos 39 da coligação. A sondagem diária da Universidade Católica para a RTP mostra ainda a interrupção de um ciclo de ascensão da CDU, que perde um ponto, para os dez por cento. Por outro lado, mantém-se esta quarta-feira, a quatro dias das eleições, o elevado número daqueles que “não sabem em quem votar” (34 por cento), o que coloca nas suas mãos o resultado do escrutínio de domingo.

Os resultados deste 13.º estudo da Católica para a RTP levam o centro de sondagens da universidade a concluir que a “coligação PSD/CDS-PP [se encontra] à frente do PS mas o intervalo tem estreitado nos últimos dias. Os resultados desta sondagem indicam que a Coligação PàF tem hoje mais intenções de voto do que o PS”. A equipa de inquiridores adverte ainda que “estes resultados não preveem o que vai acontecer nas eleições - apenas retratam o atual posicionamento dos portugueses (que, entretanto, poderá ou não mudar)”.

O relatório da Católica adverte contudo que “o limite mínimo do intervalo da coligação (35,8 por cento) é inferior ao limite máximo do PS (37,1 por cento). Isto significa que, embora pouco provável, a possibilidade de o PS ter neste momento mais intenções de voto não é excluída pelos resultados desta sondagem”.

O PS ensaia assim uma ligeira recuperação de um ponto percentual, o que eleva a intenção de voto nos socialistas para os 34 por cento. A distância para a PàF, que se mantém nos 39 por cento, é agora de cinco pontos percentuais.



Já a CDU (PCP-PEV), após um ciclo de subida, recua um ponto para os dez por cento. O Bloco de Esquerda, que na terça-feira também subira um ponto percentual, mantém esta quarta-feira os oito por cento.

Os outros partidos mantêm os cinco por cento e outros quatro por ceno dos inquiridos voltam a entrar na categoria dos votos em branco ou nulos, o que leva a Católica a repetir uma frase utilizada desde os primeiros estudos: “Esta sondagem não encontra intenção de voto relevante (i.e., indicadora de eleição de deputados) para outros partidos”.



Esta sondagem foi realizada entre os dias 26 e 29 de setembro. Foram obtidos 1.070 inquéritos válidos. A margem de erro é de três por cento.
Indecisos mantêm relevância

A estimativa de resultados eleitorais é obtida calculando as intenções diretas de voto em cada partido em relação ao total de votos válidos e redistribuindo indecisos com base numa segunda pergunta sobre a intenção de voto.

O número de indecisos perdeu um ponto para serem agora 26 por cento; oito por cento não respondem, o mesmo que na véspera. No entanto, o total destes dois grupos continua a situar-se nos 34 por cento.



“A percentagem de pessoas que dizem que vão votar mas que não sabem em quem votar ou não querem dizer é agora de 34 por cento”, nota o relatório da Católica.
Intenção direta de voto

A recuperação dos socialistas faz-se notar de forma mais evidente no capítulo da intenção direta de voto: o PS ganha um ponto e chega aos 20 por cento; a coligação PSD/CDS-PP perde um ponto para ter 29 por cento.



De registar a descida de um ponto do BE e dos “Outros” em relação à véspera, para terem agora quatro e três por cento, respetivamente.
Sondagens diárias

Esta é a 13ª sondagem de uma série que a RTP divulga até ao final da campanha eleitoral. Estes estudos permitem avaliar dia a dia a evolução das intenções de voto e a tendência dos indecisos.

A amostra é inferior à de um barómetro.

O interesse deste tipo de sondagem (tracking poll) reside na observação das tendências de subida e descida de cada partido, mais do que a medição da percentagem das intenções de voto de cada um.


Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP entre os dias 26 e 29 de setembro de 2015. O Universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente residentes em Portugal Continental em lares com telefones fixos. Foram obtidos 1070 inquéritos válidos, sendo 57% dos inquiridos mulheres, 31% da região Norte, 27% do Centro, 38% de Lisboa, 2% do Alentejo e 4% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários e região na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 57%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1010 inquiridos é de 3%, com um nível de confiança de 95%.

* A taxa de resposta é estimada dividindo o número de inquéritos realizados pela soma das seguintes situações: inquéritos realizados, inquéritos incompletos e recusas.
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