De acordo com as projeções da Universidade Católica para a RTP, dos 9,6 milhões de eleitores inscritos e hoje chamados às urnas votaram entre 60 e 65 por cento. A abstenção poderá assim invertido a tendência de subida, registando mesmo uma ligeira queda face às legislativas de 2011, de 1,1 por cento.
Quase dois milhões de eleitores tinham votado ao meio-dia e às 16h00 quatro milhões tinham entregue o seu voto, correspondente a 44,38 por cento. Uma subida de 2,4 pontos percentuais, por comparação com as anteriores legislativas.
As eleições decorreram com calma e sem atropelos em todo o país. Nalgumas mesas de voto registaram-se demoras com os eleitores a esperar nalguns casos uma hora para votar. Estas legislativas elegem 230 deputados que tomam posse no final de outubro.
A CNE registou três ocorrências que impediram a abertura das mesas às 8h00 da manhã, em três locais. Até ao meio-dia a CNE recebeu 224 protestos ou pedidos de informação por telefone.
Na Madeira, uma falha de impressão dos cadernos eleitorais afetou a votação de diversas mesas da freguesia de Caniço sobretudo dos mais jovens que fizeram 18 anos este ano.
Em Raimonda, Paços de Ferreira, a população só pôde começar a votar cerca das 10:00, altura em que se conseguiram ter os cadernos eleitorais prontos.
Um protesto popular contra o encerramento da escola de Erada impediu a votação durante mais de uma hora. A GNR só pelas 9h15 retirou o cadeado que impedia o acesso ao local.
Abstenção em 2011
Nas legislativas de 2011 abstiveram-se 41,1 por cento dos eleitores registados.
As mesas de voto para as eleições legislativas abriram às 8h00 em Portugal continental e na Madeira e encerraram às 19h00. Nos Açores abriram e vão fechar uma hora depois em relação à hora de Lisboa.
O mau tempo parece ter tido menor influência do que a que receava o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, quando votou pouco depois das 9h00 e apelou à participação.
O líder do PS, António Costa, referiu, depois de votar, cerca das 11h00, que há muito que a participação eleitoral não era tão importante para o futuro do país.
Paulo Portas, que votou antes das 9h00, disse à saída que os portugueses podiam hoje "fazer as suas escolhas com a liberdade recuperada e em consciência".
A projeção do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a abstenção tem por base os dados que a Comissão Nacional de Eleições foi libertando ao longo do dia.