Coligação volta a perder terreno para o PS na sondagem diária da RTP
Com os socialistas a manterem os 34 por cento da intenção de voto, a décima primeira sondagem da Universidade Católica para a RTP mostra uma coligação em queda de um ponto percentual para os 40 por cento, prosseguindo a tendência de domingo. O estudo desta segunda-feira continua a revelar um grande número de indecisos que têm na mão a capacidade de decidir as Legislativas de 4 de outubro.
O limite mínimo do intervalo projectado para a Coligação é inferior ao limite máximo estimado para o PS.
Os resultados desta sondagem indicam que a Coligação PàF tem hoje mais intenções de voto do que o PS. Estes resultados não preveem o que vai acontecer nas eleições – apenas retratam o atual posicionamento dos portugueses”.
Entretanto, uma primeira análise das percentagens desta décima primeira sondagem diária aponta para uma descida da coligação, dos 41 para os 40 por cento, enquanto o PS se mantém nos 34 por cento.
A distância entre PSD/CDS-PP e PS é assim encurtada para seis pontos. No sábado chegou a ser de 10 pontos.
Outro dado mais evidente é, à esquerda, a subida também em um ponto (para 10%) da CDU (PCP-PEV) com o Bloco de Esquerda a manter os 7 por cento da véspera.
Os outros partidos mantêm os 5 por cento e quatro por cento dos inquiridos voltam a entrar na categoria dos votos em branco ou nulos, o que leva a Católica a assinalar que “esta sondagem não encontra intenção de voto relevante (i.e., indicadora de eleição de deputados) para outros partidos”.
No entanto, o limite mínimo do intervalo projectado para a Coligação é inferior ao limite máximo estimado para o Partido Socialista.
Esta sondagem foi realizada entre os dias 24 e 28 de setembro. Foram obtidos 1071 inquéritos válidos. A margem de erro é de 3%.
Grande número de indecisos
A estimativa de resultados eleitorais é obtida calculando as intenções diretas de voto em cada partido em relação ao total de votos válidos e redistribuindo indecisos com base numa segunda pergunta sobre a intenção de voto.
O número de indecisos mantém-se nos 25 por cento.
A percentagem de pessoas que dizem que vão votar mas que não sabem em quem votar ou não querem dizer está já 10 pontos percentuais abaixo do que acontecia no primeiro dia de sondagem. Eram 42 por cento e são agora 32 por cento.
Intenção direta de voto
Também as intenções diretas de voto manifestam a ligeira recuperação dos socialistas: a PàF desce de 33 para 32 por cento e o PS mantém os 19 por cento de domingo.
A CDU cresce um ponto neste capítulo e regista esta segunda-feira 7 por cento. O Bloco de Esquerda vê a intenção direta de voto manter-se nos 5 por cento.
Sondagens diárias
Esta é a 11ª sondagem de uma série que a RTP divulga até ao final da campanha eleitoral. Estes estudos permitem avaliar dia a dia a evolução das intenções de voto e a tendência dos indecisos.
A amostra é inferior à de um barómetro.
O interesse deste tipo de sondagem (tracking poll) reside na observação das tendências de subida e descida de cada partido, mais do que a medição da percentagem das intenções de voto de cada um.
Ficha técnica: Esta sondagem foi realizada pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP entre os dias 24 e 28 de setembro de 2015. O Universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente residentes em Portugal Continental em lares com telefones fixos. Foram obtidos 1071 inquéritos válidos, sendo 59% dos inquiridos mulheres, 29% da região Norte, 30% do Centro, 36% de Lisboa, 2% do Alentejo e 4% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários e região na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 58%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1071 inquiridos é de 3%, com um nível de confiança de 95%. * A taxa de resposta é estimada dividindo o número de inquéritos realizados pela soma das seguintes situações: inquéritos realizados, inquéritos incompletos e recusas.