Ao segundo dia de campanha, a quarta sondagem quotidiana da Universidade Católica para a RTP mantém PSD e CDS-PP à cabeça na estimativa de resultados, com uma vantagem de cinco pontos sobre o PS. Os dados sugerem uma ligeira subida da coligação nas intenções de voto. Mas a percentagem de indecisos é ainda significativa.
Com oito por cento, a CDU é uma vez mais a terceira força na estimativa de resultados, preservando a vantagem de um ponto sobre o Bloco de Esquerda. “A quantidade de indecisos é ainda muito grande, o que pode afetar negativamente a qualidade das estimativas”, aponta o relatório da sondagem.
Os demais partidos somam agora quatro por cento, contra os três por cento da véspera.
Desta quarta sondagem sobressai a percentagem de eleitores que expressam a intenção de ir às urnas mas que dizem não saber a quem vão confiar o voto, ou que recusam revelar a sua escolha.
Na coluna relativa à “intenção direta de voto”, não sei foi a resposta de 34 por cento dos inquiridos. Nove por cento não quiseram responder. Em 24 horas, o número de indecisos aumentou em três pontos.
Sondagens diárias
Esta é a quarta de uma série de sondagens que a RTP divulga até ao final da campanha eleitoral. Estes estudos permitem avaliar dia a dia a evolução das intenções de voto e a tendência dos indecisos.
A amostra é inferior à de um barómetro.
O interesse deste tipo de sondagem - tracking poll - reside na observação das tendências de subida e descida de cada partido, mais do que a medição da percentagem das intenções de voto de cada um.
Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP entre os dias 17 e 21 de setembro de 2015. O Universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente residentes em Portugal Continental em lares com telefones fixos. Foram obtidos 738 inquéritos válidos, sendo 61% dos inquiridos mulheres, 28% da região Norte, 33% do Centro, 32% de Lisboa, 2% do Alentejo e 5% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários e região na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 71%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 738 inquiridos é de 3,6%, com um nível de confiança de 95%.
* A taxa de resposta é estimada dividindo o número de inquéritos realizados pela soma das seguintes situações: inquéritos realizados; inquéritos incompletos; e recusas.