Turismo equestre poderá criar mais de 20 mil postos de trabalho em Portugal

por © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Alter do Chão, Portalegre, 16 Mai (Lusa) - O turismo equestre poderá gerar em Portugal receitas na ordem dos 350 milhões de euros e criar mais de 20 mil postos de trabalho, avançou hoje à agência Lusa Nuno Constantino, da empresa "Neoturis".

O responsável da Neoturis, empresa especializada em consultadoria em turismo, falava à agência Lusa à margem do primeiro Congresso Internacional de Turismo Equestre, que decorre até sábado na Coudelaria de Alter do Chão (Portalegre).

"O turismo em Portugal tem de ser repensado para se encontrarem novos produtos, novos segmentos para se desenvolver e esta área do cavalo, quando bem aproveitada e explorada, poderá obter receitas muito superiores", afirmou.

Os valores relativos às receitas que turismo equestre poderá gerar em Portugal, assim como a criação mais de 20 mil postos de trabalho, surgem na sequência de um estudo europeu desenvolvido durante em 2001 e recentemente actualizado.

De acordo com o documento, foram registados na Europa cerca de 4,3 milhões de cavalos, que originavam directamente receitas entre 9,6 e 12,3 mil milhões de euros e cerca de 860 mil postos de trabalho.

Segundo Nuno Constantino, os valores apresentados para Portugal poderão aparecer "a curto e médio prazo", mas para os atingir têm de existir "projectos".

"O turismo a cavalo e o turismo do cavalo são dois sectores que têm que ser vistos de forma integrada", sustentou.

O primeiro Congresso Internacional de Turismo Equestre em Portugal conta com a participação de mais de 180 congressistas de vários países europeus e dos Estados Unidos da América (EUA).

Promovido pela Federação Internacional de Turismo Equestre (FITE), o congresso tem para oferecer aos participantes vários seminários sobre a temática e debates sobre o desenvolvimento desta área em Portugal.

Considerado um sector em expansão, o turismo equestre já deu importantes passos a nível internacional com a criação de grandes operadores turísticos, espalhados pelos cinco continentes.

Em Portugal, ainda são escassos os complexos de turismo equestre certificados pela Federação Equestre Portuguesa e tão pouco existem operadores turísticos especializados.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Fundação Alter Real, Vítor Barros, disse que a França, Itália, Reino Unido e Alemanha são os países onde este segmento de mercado já está "extremamente evoluído".

O primeiro Congresso Internacional de Turismo Equestre acolhe profissionais do sector do turismo equestre, federações, as associações dos 14 países que integram a FITE, operadores turísticos, agências e empresas de promoção e organização de eventos da Europa e EUA.

A iniciativa, promovida pela FITE, fundada em 1975, conta ainda com o apoio de uma comissão organizadora constituída pela Federação Equestre Portuguesa, Câmara Municipal de Alter do Chão, Fundação Alter Real e Associação Nacional de Turismo Equestre.

HYT.

Lusa/Fim


PUB