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Reestruturação do Novo Banco pode levar ao despedimento de mil colaboradores

por Cristina Sambado - RTP
O plano de reestruturação do Novo Banco já estava em marcha a 16 de novembro, quando foi conhecido o resultado dos testes de stress Pedro A. Pina - RTP

O Novo Banco poderá cortar cerca de mil postos de trabalho em Portugal. O plano de reestruturação está a ser definido pela equipa de Stock da Cunha, revela o Jornal de Negócios que acrescenta que o número ainda não está fechado. O plano de reestruturação tem de ser aprovado por Bruxelas que tem tido uma posição rígida sobre o tema.

No final de junho o banco tinha um total de 7.527 funcionários, dos quais 6.175 operavam Portugal e 812 nas operações internacionais. O objetivo do Novo Banco é ficar com menos de seis mil funcionários, na atividade doméstica. Para já, o corte de salários está afastado.

Além de Bruxelas, a equipa liderada por Stock da Cunha terá ainda de discutir, a redução de pessoal, com os sindicatos bancários. O plano de reestruturação já estava em marcha a 16 de novembro, quando foi conhecido o resultado dos testes de stress.

Segundo o Jornal de Negócios, “estes contactos ainda não aconteceram, devendo ter lugar apenas depois de o programa estar fechado quer em termos do número de trabalhadores a dispensar, quer no que diz respeito à forma como o programa vai ser posto em prática”.

Nos primeiros seis meses do ano, a instituição liderada por Stock da Cunha teve um prejuízo de 251,9 milhões de euros.
Fecho de agências
Entre janeiro e maio, a instituição bancária liderada por Stock da Cunha encerrou cinco sucursais em Portugal. A 30 de junho, o Novo Banco contava com 626 agências.

A reestruturação do Novo Banco vai ainda abranger o encerramento de balcões. Ainda antes de o plano estar fechado e aprovado, a instituição já estará a fechar algumas agências de forma pontual.

“O principal objetivo da redução da estrutura de trabalhadores e agências no Novo Banco é gerar poupança nos custos de pessoal e de funcionamento. Um esforço que tem vindo a ser realizado desde que Stock da Cunha assumiu a liderança da instituição, em setembro de 2014, mas que terá de ser mais ambiciosa no plano de reestruturação”, acrescenta o Jornal de Negócios.
Bancos cortam no pessoal
A chegada da troika a Portugal em 2011 obrigou os bancos que operam no país a reestrutura-se e a reduzir os custos com o pessoal e a tecnologia levou a uma redução de agências.

O BCP, que terminou 2011 com 9.959 funcionários contava em setembro de 2015 com 7.555 colaboradores, Foram cortados 2.404 postos de trabalho. O banco liderado por Nuno Amado tem feito um trabalho de redução de quadros com programas de rescisão amigável e pré-reformas há vários anos. Também cortou salários de forma temporária. No entanto, o acordo com Bruxelas, pela ajuda estatal recebida, obriga o BCP a diminuir até 7.500 até 2017, objetivo que está longe de ser cumprido.

A Caixa Geral de Depósitos tem atualmente na sua operação, em Portugal, cerca de 10.000 funcionários. Um número que também deverá ser reduzido. A instituição, liderada por José de Matos, pretende acelerar a redução da estrutura e está em curso um programa de reformas antecipadas com a qual a Caixa Geral de Depósitos espera cortar 300 postos de trabalho.

As rescisões amigáveis foram o caminho seguido pelo BPI para reduzir os postos de trabalho. O banco liderado por Fernando Ulrich contava em setembro de 2015 com 5.934 funcionários, em dezembro de 2011 eram 6.641.
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