Lisboa, 03 mai (Lusa) - O programa Carnegie Mellon (CMU) Portugal vai investir 5,2 milhões de euros em seis projetos de investigação de áreas como exploração de gás e petróleo no mar, inovação no rastreio da retinopatia diabética ou mecatrónica para roupa.
Integrado nas Iniciativas Empreendedoras de Investigação (ERI) em tecnologias da informação e comunicação (TIC), o financiamento vai decorrer por um período de quatro anos e eleva para 11,2 milhões de euros o total do investimento do programa em investigação avançada de "caráter interdisciplinar, empreendedor e inovador, numa articulação estreita com o tecido empresarial", explica um comunicado do CMU Portugal.
Entre os projetos de investigação selecionados, dois procuram soluções na área da saúde - terapia da fala e diagnóstico da retinopatia diabética - e dois são da indústria - observatório para o setor do gás e petróleo (Ciência e Tecnologia Política e Análise de Inovação para Maximizar os Benefícios Económicos, Ambientais e Sociais da Exploração do Mar Profundo e de Petróleo e Gás na Região do Atlântico Sul) e fabricação de materiais 3D.
Outra proposta pretende transformar os grandes volumes de dados que atravessam a Internet em informação mais relevante a que se junta o projeto de encontrar formas de recolher e processar dados de uma cidade para melhorar a gestão e o planeamento urbano.
A parceria entre a universidade norte-americana e estabelecimentos de ensino superior portugueses, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), recebeu 24 candidaturas a esta iniciativa e escolheu seis pelo seu "elevado potencial de inovação na resolução de problemas concretos, colocando os resultados ao serviço das pessoas e da economia".
Esta segunda edição das ERI teve a participação de mais de 40 instituições e empresas, "com uma forte presença no tecido económico a nível nacional e internacional, com um volume de cofinanciamento previsto de 1,4 milhões de euros", segundo o CMU Portugal.
As iniciativas envolvem equipas multidisciplinares e integram investigadores de instituições portuguesas, da CMU e um ou mais parceiros empresariais.
Entre as instituições envolvidas nos projetos escolhidos estão o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o INESC TEC da Universidade do Porto, Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra e a Universidade de Aveiro.
A avaliação dos projetos foi coordenada por H.S. Jamadagni, do Instituto Indiano de Ciência, na Índia, com vários especialistas de universidades dos EUA e uma da Irlanda.