Guarda, 05 dez (Lusa) - O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou hoje o grupo Olano, que opera a partir da Guarda, como um exemplo do que deve ser feito para criar riqueza em Portugal "onde parece difícil".
"Não é longe, é perto, porque verdadeiramente parece que estamos longe do mar e do litoral, mas estamos no centro daquilo que é o relacionamento entre Portugal e os mercados para onde vão os nossos produtos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita às instalações do grupo do setor da logística e transportes.
O grupo Olano, que tem sede em Saint Jean de Luz, no país basco francês, está instalado desde 2009 na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda.
O Presidente da República frisou que, ao estar instalado na Guarda, o grupo se encontra "no centro geográfico e no centro económico" e, por isso, "é bom que haja mais um investimento" previsto para o próximo ano.
Na sua opinião, "Portugal anda para a frente com empresários amigos, que parece que vêm de longe mas já são quase portugueses, que recorrem a empresas portuguesas, que têm responsáveis portugueses, que são apoiados por municípios e com trabalhadores e trabalhadoras portuguesas".
"Estão aqui a receber e a distribuir produtos portugueses e vão distribui-los não apenas em Portugal, mas lá fora. Isto é promover Portugal", realçou.
Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa disse fazer questão de voltar à Guarda quando o grupo Olano inaugurar o investimento de cerca de 7,5 milhões de euros que vai fazer durante o primeiro semestre de 2017.
"Podíamos combinar para o final de junho", propôs o Presidente da República.
O diretor da Olano em Portugal, João Logrado, disse que podiam marcar para 10 de junho, tendo Marcelo Rebelo de Sousa respondido que esse dia já é "uma ocasião já muito preenchida".
Ficou então acertado que voltaria "a partir de 12/13 de junho" para agradecer mais um investimento.
"Eu vou fingir que não sei que o senhor presidente da Câmara [da Guarda] se recandidata [às eleições autárquicas], porque senão dirão que venho à sua campanha eleitoral. Não, venho cá pela Olano", afirmou.
Durante a visita, os responsáveis do grupo Olano ofereceram uma bengala tradicional do país basco francês a Marcelo Rebelo de Sousa, que prometeu guardá-la no gabinete no Palácio de Belém.
"Mas tem que ser com cuidado, não vá haver algum chefe de Estado estrangeiro que goste e que me peça. Não é levar, é que me peça", gracejou.
João Logrado explicou à agência Lusa que a bengala simboliza "o reconhecimento por alguém" e "é um sinal de carinho por essa pessoa".
"Antigamente era utilizada pelas pessoas quando faziam as suas caminhadas até Santiago de Compostela, para que pudessem ter uma ajuda a caminhar, mas também uma proteção para se defender de alguns ataques, porque no final tem um espigão em ferro que é também uma arma de defesa", acrescentou.