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Com a crise são cada vez mais os que fogem à lei.
Os números estão no relatório da Autoridade Para as Condições de Trabalho e são resultado de mais de 16 mil e 500 inspeções.
Os dados mostram que, no ano passado, aumentaram os casos de falsos recibos verdes, falsos estágios remunerados, falsa prestação de serviços e falso voluntariado.
Tiago Gillot, dos Precários Inflexíveis diz que, apesar do clima geral de impunidade, os novos instrumentos legais e mais inspeções têm ajudado a combater estes fenómenos.
A Autoridade para as Condições de Trabalho diz que é muito difícil detetar estas situações, e diz que são precisos mecanismos de inspeção mais eficazes, com cruzamento de dados entre vários serviços públicos.
O setor da construção foi o que mais notificações para tomada de medidas recebeu (41%), seguindo-se a indústria transformadora (20%), o comércio e a reparação de veículos (13%).
Foram levantados 13.064 autos, com destaque para o setor do alojamento e restauração (17,7%), comércio e reparação de veículos (17,2%), indústrias transformadoras (14%), atividades administrativas e de apoio (12,7%) e construção (11,2%).
