O ministro das Finanças defende, em entrevista ao jornal alemão Bild, que a União Europeia deve “começar a discussão” do alívio da dívida grega. O que não implica, na visão de Mário Centeno, reservar um lugar ao Fundo Monetário Internacional na mesa das conversações.
Na perspetiva do governante português, a união monetária é atualmente capaz de responder à “maioria dos problemas por conta própria”. Leia-se sem a participação do Fundo Monetário Internacional, nos anteriores moldes da troika.
Por outro lado, continua Mário Centeno, a Europa da moeda única deve encarar uma reformulação, ou mesmo substituição, do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Schäuble pensa ao contrário
Recorde-se que o homólogo alemão de Mário Centeno tem colocado repetidamente de parte qualquer via de alívio da dívida do Estado Helénico, pelo menos até 2018. Argumenta Wolfgang Schäuble que essa seria uma opção castradora de novas reformas a impor a Atenas.
Segundo a agência alemã DPA, Grécia e credores internacionais estiveram reunidos até à manhã desta terça-feira sem que tenham obtido um entendimento sobre a reforma do mercado laboral do país.
Alcançar um acordo até ao princípio de dezembro seria a meta destas negociações – só então é que os ministros das Finanças dos países do euro devem encetar uma discussão sobre a dívida da Grécia.
c/ agências
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