Em entrevista exclusiva à RTP no programa 4x4x3, o ex-presidente do Benfica comenta o estado atual do futebol português, os assuntos diretamente relacionados com os encarnados e faz ainda algumas revelações sobre o seu tempo à frente do clube, entre 2000 e 2003.
Numa entrevista em tom animado e descontraído, “depois de jantar”, Vilarinho elogia Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira e apela à permanência da dupla à frente do clube: “Temos o mesmo presidente há 11 anos, o mesmo treinador há seis anos. Isto é que faz os resultados.”
Sobre o atual presidente diz que é “esperto e inteligente”, e que o trouxe para o Benfica como substituto “porque tinha de levar alguém da minha confiança”. Admite que deixou a presidência do clube porque era “uma maçada” e que agora o clube é muito diferente do que encontrou há 14 anos: “Não tem nada a ver. Na altura era um clube esfarrapado”.
Elogia o atual momento do clube e diz que o bicampeonato ao fim de mais de 30 anos “significa muito” e pode mesmo inverter o ciclo, mas deixa o aviso: "Temos de ter cuidado agora, porque se o Luís Filipe se cansa, é uma chatice, porque o Benfica está apetecível."
Sobre Vale e Azevedo, afirma que “roubar o Benfica é pior que roubar a família” e comove-se a falar do esforço dos sócios que, mesmo nas maiores dificuldades, suportam financeiramente o clube.
Na opinião do ex-presidente, o plantel atual do FC Porto é “uma manta de retalhos”, já que “uma equipa não se faz num ano”.
Elogia Marco Silva como pessoa, mas recusa-se a comentar a continuidade do treinador à frente dos leões: “não gosto de me imiscuir nos problemas dos outros. O presidente é que tem de escolher”.
Sobre a recente troca de palavras entre Jorge Jesus e Lopetegui, Vilarinho diz que prefere “falar de bola” e “não tem opinião” sobre o treinador.