Redação, 27 mai (Lusa) - A Associação Portuguesa de Museologia vai distinguir Luiza Clode, ex-diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal (Madeira), e Francisco dos Reis Maduro-Dias, ex-diretor do Museu de Angra do Heroísmo (Açores), com o Prémio Personalidade 2016.
De acordo com aquela entidade, que atribui anualmente prémios para museus, projetos, profissionais e atividades desenvolvidas no setor, as distinções serão entregues no dia 03 de junho, no Museu do Dinheiro, em Lisboa.
De acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), João Neto, esta entidade decidiu, este ano, atribuir o prémio de carreira a estas duas figuras da área da museologia.
Luiza Clode, 80 anos, ex-diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal, é autora de vários guias patrimoniais e artísticos da Madeira, nomeadamente "Tesouros Artísticos de Portugal", "À Descoberta de Portugal" e "Por Terras de Portugal", editados pela Reader`s Digest.
Nascida no Funchal, em 1936, fez o curso do Magistério Primário, o curso superior de Escultura, licenciou-se em História e estudou Ciências Pedagógicas, tendo lecionado em vários níveis de ensino, desde o primeiro ciclo, à Academia de Música e Belas Artes da Madeira, mais tarde Instituto de Artes Plásticas.
É coautora, com Fernando António Baptista Pereira, do livro "Museu de Arte Sacra do Funchal Arte Flamenga" (1997), e foi pioneira na introdução dos serviços educativos nos museus da Madeira.
Desde 1976, fez parte da comissão diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal, tendo sido responsável pela vertente museológica na instituição, promovendo as coleções, o seu estudo, inventariação e divulgação.
Francisco dos Reis Maduro-Dias, 62 anos, natural de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, é licenciado em História pela Universidade do Porto, com pós-graduações em Museologia na Universidade Autónoma de Lisboa, e em Gestão e Conservação da Natureza, pela Universidade dos Açores.
Foi diretor do Museu de Angra do Heroísmo, entre 2002 e 2005, e diretor do Gabinete da Zona Classificada de Angra do Heroísmo, entre 1987 e 2000.
Ao longo dos últimos 40 anos tem desenvolvido atividade nas áreas da cultura e identidade, desenvolvimento sustentado e património cultural, com textos publicados, palestras e comunicações, em congressos e colóquios em Portugal e no estrangeiro.
Tem sido professor convidado em diversas instituições, nomeadamente na Universidade dos Açores, e na Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, nas áreas da cultura, património, turismo e identidade.
Fundada em 1965, a APOM atribui os galardões na área da museologia, desde 1997, para incentivar o espírito de preservação e divulgação do património dos museus, segundo a associação, que distingue ainda, entre outros, a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, mecenato e projeto museográfico.